As mulheres diagnosticadas com uma patologia endometrial severa não conseguem ter filhos, uma vez que a situação torna impossível a gravidez, mesmo através de tratamentos de procriação medicamente assistida. No entanto, e no seguimento de um estudo realizado pelo Dr. Xavier Santamaría, diretor Internacional do IVI Barcelona, verificaram-se resultados interessantes no sentido de evidenciar o crescimento do endométrio, o que dá razões para acreditar que no futuro estas podem vir a conseguir engravidar.

 

Segundo o estudo, o objetivo é repovoar o endométrio a partir de células estaminais da medula de mulheres que sofrem deste tipo de patologias e permitir às que se submetam a um tratamento de procriação medicamente assistida a implementação de um embrião.

 

“A aplicação de células estaminais para regenerar o endométrio representa uma evolução na medicina reprodutiva, uma vez que nos poderá vir ajudar a ser mães mulheres com Síndrome de Asherman ou atrofia endometrial, patologias muito frequentes. A isso soma-se o facto de ser a primeira vez que se utilizam este tipo de células clinicamente em ginecologia e obstetrícia”, explica o DR. Elkin Muñoz, diretor do IVI Vigo.

 

Em relação à Endometriose, o Dr. Raúl Gómez, Investigador apoiado pelo Instituto Universitário IVI/INCLIVA, explicou como o uso de derivados dopaminérgicos, no tratamento da endometriose perdiz um futuro prometedor a mulheres afetadas por esta doença, muitas das quais verão prejudicadas a sua qualidade ovacitária e, consequentemente, as suas possibilidades de gravidez. 

 

“A endometriose está presente em 10% das mulheres em idade reprodutiva, e afeta 21% das pacientes que se submetem a tratamentos de procriação medicamente assistida, um número significativo e que evidencia a necessidade de encontrar uma forma de controlar esta doença”, reforça o Dr. Muñoz.

 

Para Sérgio Soares, diretor de IVI Lisboa, o uso de um medicamento para reduzir as contrações do útero durante as transferências embrionárias pode ser eficaz.

 

“Há mais de 15 anos que estão documentados os efeitos negativos das contrações do miométrio, durante as transferências embrionárias, nos resultados dos ciclos de fecundação in vitro, mas apenas foi publicada informação de como evitar tal problema. Os resultados alcançados pelo IVI Lisboa, mediante o uso de atosiban em transferências embrionárias, mostram que cerca de uma centena de casos apresentam uma taxa de gestação clínica por tratamento aproximado a 60%, aponta o  Sérgio Soares, autor do estudo.