Os países da União Europeia vão contar com um novo programa «Para uma Internet mais segura» a partir de 1 de Janeiro de 2009, no valor de 55 milhões de euros., anuncia a Comissão Europeia em comunicado.
Abrangendo o período 2009 – 2013, este programa tem o intuito de proteger as crianças num mundo electrónico cada vez mais sofisticado, permitindo-lhes uma utilização segura dos serviços online, como as redes sociais, os blogs e as mensagens instantâneas.
Cerca de 75% das crianças, com idades compreendidas entre os 6 e os 17 anos, já têm acesso à Internet e 50% das crianças de 10 anos possuem um telemóvel.
Um novo inquérito Eurobarómetro, ontem publicado, revela que 60% dos progenitores europeus estão preocupados, temendo que os seus filhos possam ser vítimas de aliciamento (o chamado «grooming», ou desenvolvimento de supostas «amizades» que conduzem ao abuso sexual das crianças), enquanto 54% receiam que os seus filhos possam ser intimidados online (assediados através de sítios Internet ou por meio de mensagens por telemóvel).
O novo programa «Para uma Internet mais segura» irá combater estes comportamentos desviados ao tornar mais sofisticados e mais seguros os programas de acesso à Internet e as tecnologias de telefonia móvel. No período 2009 – 2013, a UE investirá 55 milhões de euros para tornar a Internet mais segura.
«Hoje em dia, as crianças mergulham no mundo da Internet e da telefonia móvel muito cedo, tornando-se frequentemente adolescentes com pleno domínio da tecnologia e da navegação na Internet. Porque estas tecnologias os ajudam a estudar e lhes proporcionam novas formas aliciantes de socializar com os outros, utilizam nas amiúde com mais à-vontade do que os próprios pais. É preciso assegurarmo-nos de que, cada vez que recorrem a serviços da Internet ou de telefonia móvel, possam reconhecer os riscos potenciais e saber lidar com eles», afirmou Viviane Reding, comissária da UE para a Sociedade da Informação e Meios de Comunicação Social.
O novo programa proposto co-financiará projectos para umentar a sensibilização do público, providenciar uma rede de pontos de contacto públicos, que possa ser acedida através de um sítio na Internet ou de um número de telefone, para comunicar conteúdos e condutas ilegais e perniciosos, encorajar iniciativas de auto-regulação, etc..
11 de Dezembro de 2008
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