O presidente da Câmara de Viseu, Almeida Henriques, disse que este é “o maior Orçamento Participativo Jovem e Escolar do país”, através do qual pretende “levar mais longe a semente da cultura participativa e da cidadania”.

O autarca falava no final de uma reunião com responsáveis das escolas que manifestaram vontade em participar, nomeadamente as secundárias Alves Martins, Emídio Navarro e Viriato, as profissionais Mariana Seixas e Profitecla, as superiores de Tecnologia, Educação, Saúde e Agrária do Instituto Politécnico, a Universidade Católica e o Instituto Piaget.

“O número elevado de escolas presentes é um aspeto motivador”, frisou Almeida Henriques, considerando que este orçamento “vai ser um instrumento importante não só do ponto de vista da participação democrática dos jovens”, mas também terá “um efeito difusor junto das famílias e da comunidade”.

O primeiro Orçamento Participativo Jovem e Escolar de Viseu – cujos vencedores serão conhecidos em maio de 2017 - vai desenvolver-se em moldes diferentes dos anteriores orçamentos participativos.

O autarca explicou que os projetos “vão nascer das assembleias participativas das escolas”, mas terão uma votação universal.

“Não é um orçamento para egoisticamente se procurarem resolver problemas internos que eventualmente existam nas escolas”, esclareceu, acrescentando que as propostas devem ter uma ambição local e comunitária, dentro de uma lógica solidária.

Na reunião de hoje de manhã, as escolas foram estimuladas a pensarem em temas como a juventude, a educação, o desporto, a cidadania, a mobilidade suave, o ambiente, a energia, as tecnologias e a saúde, embora as propostas possam ser relativas a outros.

De forma a por “um travão” nas propostas que apenas interessem às escolas, foi estabelecido que essas têm de envolver pelo menos dois estabelecimentos de ensino. Por outro lado, das dez propostas que cada escola pode apresentar, apenas algumas delas podem ser referentes a algo que aconteça dentro dos seus muros.

Da segunda edição do orçamento participativo, que foi exclusivamente dedicada às freguesias, saíram vencedores sete projetos e oito freguesias (Orgens, Repeses e São Salvador, Campo, Ribafeita, Abraveses, São João de Lourosa e Silgueiros), num orçamento total superior a 168 mil euros.

A obra vencedora do primeiro orçamento participativo já se encontra concluída, com a reabilitação de oito casas do Bairro da Cadeia.