Em declarações aos jornalistas, em Fátima, o porta-voz da Conferência Episcopal Portuguesa, padre Manuel Barbosa, disse que o atual momento político foi abordado na reunião, esta manhã, do conselho permanente e que os bispos lamentaram o "modo rápido" com que o Parlamento aprovou aquela alteração, "sem participação atempada e até ponderada da sociedade civil".
"É um lamento desta rapidez e de não ter havido, eventualmente, uma reflexão. A igreja mantém, naturalmente, a sua posição, a sua doutrina, nesse campo, que é bem sabida", frisou o secretário da CEP.
Sobre o atual momento político, Manuel Barbosa assegurou o "respeito" da igreja católica pelo quadro constitucional "sempre na expectativa em relação aos tempos seguintes, para que tudo seja para bem das pessoas e das instituições, segundo os princípios centrados sempre no bem comum das pessoas e da sociedade".
O parlamento aprovou, na generalidade, a adoção de crianças por casais do mesmo sexo, no passado dia 20 de novembro, através de quatro diplomas sobre a matéria - do PS, BE, PEV e PAN -, que tiveram votos de aprovação da maioria de esquerda e de 19 deputados do PSD, entre os quais Berta Cabral, Pedro Pinto, Teresa Leal Coelho e Paula Teixeira da Cruz.
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