
O relatório anual 2015 da APAV refere que 54,6% das vítimas são meninas, com uma média de idade de 9,9 anos, sendo que 23,8% frequenta o pré-escolar e 23,6%, o primeiro ciclo.
Os dados da APAV apontam 102 casos de crianças menores de 14 anos que foram abusadas sexualmente e um caso de pornografia de menores.
A maioria das vítimas vivia em famílias nucleares com filhos (49,6%).
Relativamente aos idosos, as estatísticas da APAV referem que foram apoiadas 977 vítimas em 2015, uma média de 2,7 por dia e 18,7 por semana, mais 125 do que no ano anterior.
Segundo os dados, a que a agência Lusa teve acesso, 80,5% destas vítimas são mulheres, com uma média de idade de 75 anos.
Quase 40% das vítimas (39%) viviam numa família nuclear com filhos, 58,4% eram casados e 29,5% eram viúvos. A grande maioria (90,1%) era reformada.
Quanto à escolaridade das vítimas, os dados indicam que 33,3% das vítimas tinham o primeiro ciclo do ensino básico, 19,2%, o ensino superior e 13,3% não sabia ler nem escrever.
A Associação Portuguesa de Apoio à Vítima traçou também o perfil das vítimas de crimes sexuais, de ‘bullyng’ e de ‘stalking’(assédio persistente).
Em 2015, a APAV apoiou 255 vítimas de crime sexual, a grande maioria (82,1%) mulheres, com uma média de idade a rondar os 25 anos.
Metade das vítimas era estudante, sendo que 20,1% frequentavam o ensino secundário, 18,2%, o terceiro ciclo e 15,9%, o primeiro ciclo.
Destas vítimas que pediram ajuda à Associação Portuguesa de Apoio à Vítima, 54,9% eram adultos e 43,1% crianças e jovens.
Cerca de um terço das vítimas era solteira e 13,7% casadas. Em 11,5% dos casos o agressor era conhecido da vítima e em 11% foi o filho. Em 10,6% dos casos, a vítima não conseguir identificar quem a agrediu.
A APAV recebeu também, no ano passado, 114 pedidos de ajuda de vítimas de ‘bullying’, a maior parte (52,3%) raparigas, com uma média de idade de 18,1 anos.
Em 60,2% dos casos o agressor foi um colega da escola.
Os dados acrescentam que 76,7% das vítimas são crianças e jovens, 94% solteiros e 55% viviam numa família nuclear com filhos.
A grande maioria (85,6%) é estudante, sendo que 30,9% das vítimas encontrava-se a estudar no primeiro ciclo, 22,1%, no segundo ciclo, 13,2% no terceiro ciclo e 8,8% no secundário.
O assédio persistente levou 427 pessoas a pedirem apoio à APAV no ano passado, a grande maioria (90,2%) mulheres, com uma média de idade de 40 anos.
Na grande maioria dos casos (74,7%), a vítima teve ou tinha um relacionamento com o agressor. Em 21,6% dos casos, o agressor era o ex-companheiro, em 18,4% ex-namorado, em 16% das situações era cônjuge e em 11,7% ex-marido.
Relativamente ao estado civil das vítimas, 33,1% eram solteiras, 22,6% divorciadas, 22% casadas, 12,4% separadas. Perto de 30% viviam numa família nuclear com filhos e 28,7% numa família monoparental.
A maioria (64%) das vítimas estava empregada, 45% tinha ensino superior e 19,1%, o secundário.
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