A dura realidade na Síria. Vídeos mostram pais a encorajar filhas a cometer ataques suicidas
A dura realidade na Síria. Vídeos mostram pais a encorajar filhas a cometer ataques suicidas

Na primeira gravação, aparece o pai sentado no meio de duas meninas com véu. Pergunta a uma delas, chamada Fátima, como é que ela está. Fátima responde: "Vou cometer um atentado suicida".

Pouco depois, a menina afirma que o ataque será em Damasco, em resposta à pergunta do pai, que continua a perguntar se ela permitirá que os "infiéis" a violem ou sequestrem.

O adulto dirige-se depois a Islam, supostamente irmã de Fátima, e pergunta: "Tens medo? Não tens medo porque vais para o céu, não é?".

No segundo vídeo aparece a suposta mãe das meninas, identificada como Abu Nimr, usando um niqab (véu que cobre o rosto), despedindo-se das filhas. As duas usam roupas quentes, preparadas para o inverno de Damasco.

A pessoa que grava o segundo vídeo, aparentemente o pai das crianças, explica que as duas meninas "dedicaram as suas vidas a travar a luta contra Assad". Em seguida, ele pede à mãe das crianças, que as beija repetidas vezes, que esclareça os motivos pelos quais estão a mandar as filhas para a jihad, a guerra santa. "Ninguém é pequeno demais para a jihad, é uma obrigação de todos os muçulmanos", afirma a mãe das menores.

A gravação termina com o pai a encorajar as filhas a "entregarem as suas vidas". As duas respondem gritando "Ala é grande".

Os vídeos não revelam se as crianças cometeram os atentados. Na última sexta-feira, três pessoas morreram e uma ficou ferida num atentado suicida realizado por uma menina de 7 anos contra um posto da polícia de Al Midan, em Damasco.