A fase a seguir ao nascimento do bebé é designada por puerpério, etapa iniciada duas horas após o parto, prolongando-se pelas seis semanas seguintes.
Durante este período, realiza-se a consulta de revisão do pós-parto com o médico assistente. «Parece muito tempo, mas não é, pois o tempo voa naquelas primeiras semanas em que se vão definindo as rotinas do bebé», refere a Médica Ginecologista/Obstetrícia Marcela Forjaz, explicando que a consulta é o momento oportuno para o casal colocar as suas dúvidas e referir quaisquer problemas que sejam motivo de preocupação.
Marque a sua consulta
A marcação da consulta de revisão deve ser efetuada no final da vigilância pré-natal.
O Boletim de Saúde da Grávida deve ser levado para a consulta para registo da informação pelos profissionais de saúde.
O médico assistente realiza o exame clínico e ginecológico. O objetivo é observar a involução dos órgãos genitais internos e assegurar o bom estado de saúde a seguir ao parto.
Previna uma nova gravidez
A necessidade de utilizar um método contracetivo após o parto deve começar a ser discutida na gravidez e depois reforçada no puerpério. Na consulta de revisão o casal poderá aconselhar-se sobre o método contracetivo mais adequado neste período.
Segundo as orientações da Direção-Geral da Saúde (DGS), o intervalo entre as gravidezes deve ser superior a dois anos de forma a melhor garantir a saúde das mães e das crianças.
A escolha do método contracetivo depende de diversos fatores, tais como: o processo fisiológico do puerpério, o retorno da fertilidade, se a mulher está ou não a amamentar em exclusivo e as expectativas do casal quanto ao recomeço das relações sexuais.
Coloque as suas questões
Grandes mudanças acontecem também ao nível psicológico (o corpo muda, os cuidados ao bebé, o reajuste do casal à nova realidade). Daí que o puerpério seja um momento de reajuste conjugal e emocional, no qual ocorrem muitas alterações físicas e psicológicas num curto espaço de tempo da vida da mulher.
Por esta razão, durante a consulta de revisão a mãe poderá avaliar, junto do médico assistente, «se está a descansar o suficiente, se psicologicamente se está a sentir bem ou se se sente cansada e vulnerável. É a altura de se queixar dos desconfortos que ainda possa sentir (…), como dor, ansiedade, depressão», refere a Médica Ginecologista/Obstetrícia Marcela Forjaz, autora do livro O Grande Livro da Grávida.
Texto: Ana Margarida Marques
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