No dia em que a mulher recebe a notícia de que será mãe, deve imediatamente evitar o contacto com metais pesados e produtos alérgicos e iniciar a reposição de ácido fólico (0,4 mcg a 5 g/dia), pois as malformações do tubo neural produzem-se desde o 14º dia de gestação até o 22º e 28º dia após a conceção.
A alimentação rica em vitamina D (óleo de peixe, sardinha, salmão, fígado, gema de ovo, laticínios) e a suplementação desta vitamina com 400 UI/dia na 12ª semana após a amenorreia, passando para 1000 UI/dia durante o terceiro trimestre, evita a disfunção do metabolismo do cálcio, que pode provocar vários distúrbios no recém-nascido.
O ferro deve ser reposto em 30 mg/dia no decorrer do terceiro trimestre, assim como o zinco em 15 mg/ dia. A necessidade de iodo, importante para a estimulação da tiroide, é de 200 mg/dia. Manter a flora intestinal impecável, com a reposição diária de lactobacilos, previne deficiências intestinais e imunitárias ao longo da vida dos futuros filhos.
Após o nascimento, o leite materno é o alimento mais adaptado para o trato digestivo e necessidades do neonato devido à sua composição química. Do primeiro ao quinto dia, o colostro é muito rico em proteínas e imunoglobulinas, conferindo uma ótima proteção ao bebé. Do quinto ao 15º dia, a quantidade de proteínas do leite materno decresce e a lactose e lípidos ricos em ácidos gordos essenciais aumentam.
A lactose materna é fonte de oligossacáridos, que mantêm as bactérias lácteas da flora vivas, e galactose, elemento formador da bainha de mielina no cérebro. O leite materno também é rico em lisozimas (antibióticos naturais).
Quando comparado com o leite da vaca, a ausência de b-lactobulmina e baixa caseína do produto materno impedem as alergias, assim como a presença de aminoácidos como a taurina e cisteína são mais bem digeríveis e saciantes. O materno tem três vezes menos oligoelementos e minerais, diminuindo a sobrecarga de sódio nos rins.
Porém, a absorção do cálcio, ferro e zinco, mesmo em quantidades inferiores, é 50 por cento maior. A concentração de vitaminas A, E e C é superior e a de vitaminas D e K, inferiores. A suplementação com vitamina K (2 a 5 mg/semana) e D (800 a 1000 UI/dia) é recomendável durante a lactância. As proteínas animais e gema de ovo, em poucas quantidades, estão recomendadas a partir dos cinco, seis meses, assim como os iogurtes.
Desde o terceiro trimestre de vida, é possível manter um ritmo de quatro alimentações por dia e lentamente, introduzir-se substâncias com glúten.
No final do terceiro trimestre e início do quarto, pode ser dado biscoitos, fruta crua madura e queijos. A clara do ovo e verduras como o tomate são indicadas para o final do primeiro ano de vida.
O leite continuará a ser o alimento maioritário, com 500 ml mínimo por dia. Crianças com intolerância ao leite ou glúten devem ter alimentação livre dessas substâncias.
Para relaxar e auxiliar no stress durante a gestação, aplica-se nos punhos duas a três gotas de óleos essenciais de ylang ylang e Angélica. Massagem, ginástica e tratamentos dermatológicos ajudam na excelente recuperação das mães.
Texto: Roni Moya (biomédico especialista Biologia celular e Molecular)
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