A gravidez é um período delicado na vida de qualquer mulher. Mas a Medicina Tradicional Chinesa pode ser uma alternativa para alguns dos seus principais sintomas.

De acordo com um estudo recente realizado na Universidade de Stanford, 70% das mulheres responde bem a tratamentos de acupunctura durante a gravidez, nomeadamente no tratamento de sintomas depressivos. Também um estudo da Universidade australiana de Adelaide provou que a acupuntura reduz os sintomas de enjoos matinais próprios deste período.

Durante a gravidez, o receio de adoecer subitamente e de se ver obrigada a tomar produtos farmacêuticos é comum e transversal a todas as fases. Todavia, esta insegurança tende a intensificar-se nos primeiros três meses de gestação, uma vez que a ingestão de substâncias químicas pode conduzir a um aborto espontâneo.

E é precisamente nesse sentido que a prática da Medicina Tradicional Chinesa, um processo curativo antigo com mais de três mil anos de existência, surge como uma alternativa mais saudável e menos invasiva, reduzindo o desconforto da grávida.

O especialista em Medicina Tradicional Chinesa Hélder Flor assegura que “a prática da acupuntura traz benefícios significativos para uma gravidez e uma amamentação mais tranquilas, porque, por um lado, não provoca efeitos secundários nem afeta o recém-nascido, como, por outro, apresenta melhorias no quadro clínico da paciente”.

Descubra então como é que a acupuntura pode ser uma ajuda preciosa durante a gravidez:

1. Enjoos: Talvez o sintoma que maior incómodo causa, sobretudo nos três primeiros meses de gravidez, em que o feto está mais alerta a fatores externos, procurando até proteger-se de alimentos “tóxicos”: enchidos, sushi, carnes malpassadas e frutas ou legumes crus são um exemplo dado por uma pesquisa detalhada de 2016 do jornal The New York Times. A acupuntura ajuda a diminuir a má-disposição, as náuseas, os vómitos e a salivação em excesso.

2. Insónia e ansiedade: É normal sentir mais sonolência durante a gravidez; e a falta de descanso do corpo e da cabeça acabam por afetar diretamente os humores da mãe e do feto em desenvolvimento. A acupuntura, socorrendo-se de algumas das suas técnicas, pode ajudar na redução da ansiedade e na melhoria da qualidade do sono.

3. Hormonas: Oscilações de humor e maior sensibilidade emocional são habituais – em grande medida devido ao peso da barriga e à tensão muscular –, mas estas podem ser apaziguadas com a prática de Medicina Tradicional Chinesa, através da utilização de ventosas, acupuntura ou moxabustão.

4. Circulação sanguínea: Os problemas circulatórios podem ser atenuados com a acupuntura, uma vez que a estimulação de certos pontos, por esta técnica da MTC, pode corrigir alguns bloqueios e estagnações do sangue.

5. Reposicionamento fetal: Às 25 semanas de gravidez é possível “virar o bebé” apenas por inserir algumas agulhas de acupuntura em zonas estratégicas do corpo, nomeadamente na área que rodeiam o mindinho dos pés, garante o terapeuta Hélder Flor. No entanto, os pontos a puncturar requerem um diagnóstico prévio, pois variam de paciente para paciente. Este tratamento pode ser feito até às 32 semanas de gestação – sempre com o aconselhamento do médico obstetra.

6. Dores lombares: “O centro de gravidade do corpo da mulher sofre alterações durante a gravidez, em grande medida devido à formação do feto e ao peso da barriga”, avança Hélder Flor. Por sua vez, a curvatura da coluna lombar é também potenciada pelo crescimento do bebé, sendo por isso mais comuns as dores nas costas durante o período gestacional. A prática da acupuntura e de algumas técnicas da MTC pode ajudar a reduzir esse desconforto – que pode ser ainda apaziguado com a prática de yoga e de pilates.

7. Parto: Quando chegar o dia mais aguardado do ano, os efeitos da acupuntura serão notórios no nascimento do bebé, mais não seja pela sensação de redução das contrações uterinas. Segundo um estudo publicado no The American Journal of Chinese Medicine, a estimulação de determinados pontos - através da acupuntura ou da massagem tui na - pode retificar a zona pélvica, evitando, por sua vez, uma cesariana forçada.

8. Pós-parto: A última fase do trabalho de parto, a chamada dequitadura, consiste na saída da placenta, o órgão responsável pelo oxigénio e pelos nutrientes que chegam ao bebé durante a gravidez. Habitualmente, a placenta está localizada no fundo do útero, depois do feto, e a sua “expulsão” acaba por ser morosa e desconfortável para a mulher. Graças os efeitos deste processo medicinal alternativo, esta etapa torna-se mais indolor e célere. Além disso, a produção de leite materno acaba também por ser estimulada.

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