O consumo de comida vegetariana para bebés vai aumentar 10% até 2021, segundo o grupo Euromonitor, especialista em análises de mercado. Mas será que nessa altura já estarão esclarecidas muitas dúvidas a este respeito que continuam a afligir os pais e a inquietar a comunidade médica?
A Associação Americana de Nutrição e Dietética esclareceu recentemente que “desde que planeadas com a ajuda de um nutricionista, as dietas vegetariana ou vegana podem ser adotadas em qualquer fase da vida, incluindo durante a gravidez e amamentação, na infância e adolescência.”
Mas quais são afinal os motivos que levam cada vez mais pais a optar por esta opção alimentar, questiona o El Pais?
De acordo com Melisa Gómez, dietista e nutricionista ouvida por aquele jornal espanhol, são três as principais razões: o ambiente, a saúde e a noção de sofrimento infligido aos animais. Outros nutricionistas, como Juan Revenga, resumem o fenómeno a uma “moda”.
Goméz defende que “uma dieta vegetariana pode ser mais saudável, desde que levada a sério”. E exemplifica o seu comentário: “Já “existem cookies vegan e todos os tipos de doces veganos que não são de todo saudáveis. O que se valoriza nesse tipo de dieta são os alimentos reais, como frutas, verduras e legumes, e nunca produtos processados”.
A mesma especialista explica que a partir dos seis meses, as crianças que seguem essa dieta, devem tomar suplementos de vitamina B12. “Ela só existe em alimentos de origem animal e pode ser administrada em gotas uma vez por semana, sem qualquer risco para a criança”.
Moda ou opção consciente, um estudo de 2015 veio mostrar que as pessoas que aderem a uma dieta vegetariana por razões éticas são mais propensas a manter esse tipo de alimentação do que aquelas que o fazem por questões de saúde.
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