Bibá Pitta faz questão de viver ao máximo o Natal e é das pessoas que enfeita a casa ainda em novembro. "O meu último filho, o Dinis, nasceu a 20 de novembro. Sabia mais ou menos quando é que ele ia nascer e preparei a árvore [de Natal] a 15 de novembro. Desde aí, ficou sempre [assim]. Monto o Natal em casa a partir dessa altura. E depois eu acho que o Natal é para se viver, por isso não dá para montar a árvore no dia 1 e tirar no dia 6 de janeiro. Deixo ficar bastante tempo", contou em conversa com o Fama ao Minuto.
"O espírito de Natal é um espírito que tenho o ano todo porque tenho uma família mesmo unida. Estamos sempre juntos, e quando não estamos juntos, estamos sempre ligados. Agora com netos, faz todo o sentido. Mais para eles, até", acrescentou.
Bibá diz que a família junta-se toda para celebrar a época festiva. "Vem o filho de Londres, o filho do Porto…", relatou. Questionada sobre quantos são ao todo, explicou: "Em casa não somos muitos. O meu marido só tem uma irmã, a minha sogra, mas depois vem o meu irmão mais a família dele… Somos cerca de 30 ou 40".
De recordar que a figura pública é mãe de Maria Pitta Paixão (que nasceu de uma relação anterior), Tomás, Madalena, Salvador e Dinis (que são fruto do casamento com Fernando Gouveia). É avó de Duarte, António e Piedade, filhos de Maria.
Em casa do meu irmão, dia 25, a carne de vinha d'alhos, o milho frito, um cocktil que está no segredo dos Deuses e que o meu pai ainda não passou a ninguém, que vem da família Pitta. A tradição é essa
Sobre os presentes, partilhou: "Quando somos pequeninos ligamos imenso aos presentes. Chega a uma idade em que temos praticamente tudo, portanto, os presentes ficam mais para durante o ano. As crianças têm os presentes para elas e os filhos é [dinheirinho] no bolso - está ótimo e não dá trabalho nenhum".
Bibá revelou ainda que há uma tradição que mantém há anos: "Em casa do meu irmão, dia 25, a carne de vinha d'alhos, o milho frito, um cocktil que está no segredo dos Deuses e que o meu pai ainda não passou a ninguém, que vem da família Pitta. A tradição é essa, o almoço que o meu irmão continua a fazer. A carne que é posta durante 15 dias em vinha d'alhos, depois temos também a versão com piri-piri para ver quem é que aguenta, com milho frito… É super agradável. E todos juntos, que é o que interessa".
Abríamos os presentes que estavam debaixo da chaminé no dia 25 de manhã. Todos de pijama. Hoje em dia abrimos todos no dia 24 porque é feito em minha casa e, às tantas, passa o Pai Natal
E há memórias da infância que continuam guardadas no coração. "Só boas, aliás, as memórias boas eu guardo sempre. Não gosto de guardar as más. As más não se guardam. As más passam por nós e devem ir. A minha infância foi muito boa. Os Natais em casa, nós só éramos quatro – mãe, pai e irmão. Tenho 58 anos e antigamente tínhamos os padrinhos, então passávamos a consoada a saltar de casa em casa. Era giríssimo. Íamos visitar os padrinhos todos, depois íamos a casa dos avós e finalmente chegávamos a casa", recordou.
Não me esqueço dos cheiros das pessoas, toda a ternura, todo o amor que foi envolvido. E, principalmente, eu como filha e mulher, deixaram-me ser aquilo que sou. Deram-me essa liberdade que é a maior coisa que tenho no mundo
O Pai Natal continua a visitar a casa de Bibá Pitta, contando que há sempre alguém que se veste a rigor para surpreender os mais novos. "Enquanto éramos muito pequeninos, abríamos os presentes que estavam debaixo da chaminé no dia 25 de manhã. Todos de pijama. Hoje em dia abrimos todos no dia 24 porque é feito em minha casa e, às tantas, passa o Pai Natal. Ele passa no jardim, onde tem o copo de leite e a bolacha Maria. Ainda no ano passado os meus netos disseram que estava muito magrinho e cansado – foi um dos meus filhos [risos]", relatou, explicando que por norma é o seu pai quem desempenha esta função.
"Mas tem de ser uma coisa rápida para quando eles olharem para trás, ele estar lá. Rio-me imenso com estas brincadeiras. O que tenho em mim guardado são os cheiros, a ternura. Não me esqueço dos cheiros das pessoas, toda a ternura, todo o amor que foi envolvido. E, principalmente, como filha e mulher, sempre me deixaram ser aquilo que sou. Sempre me deixaram rir, chorar, saltar… Deram-me essa liberdade que é a maior coisa que tenho no mundo", completou.
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