O restaurante de luxo "Gambrinus", em Lisboa, foi o palco da mais inesperada reconciliação dos últimos tempos: o jornalista Miguel Sousa Tavares voltou a sentar-se à mesma mesa com o historiador Vasco Pulido Valente, que há anos faz críticas ferozes ao autor de "Equador".

Logo que o livro de Sousa Tavares conheceu o êxito, em 2003, Vasco considerou que a narrativa de "Equador" balançava "entre o patusco e o patético". Negando à obra qualquer rigor histórico, Pulido Valente descrevia-a como um mero "romance popular, com a típica obsessão do género pela comida, a roupa, a paisagem, a meteorologia e o sexo". Em resposta, Miguel considerou que o seu crítico "pensa que o mundo se resume a Oxford e ao ‘Gambrinus'".

Segundo acaba de ser revelado pelo "Correio da Manhã", os dois ‘inimigos de estimação' cruzaram-se recentemente no famoso restaurante, na companhia das respectivas mulheres, e o casal Sousa Tavares acabou por sentar-se à mesa onde já jantavam Vasco Pulido Valente e Constança Cunha e Sá, editora de política da TVI. Mais tarde, os quatro abandonaram o "Gambrinus" na mesma viatura.

Miguel Sousa Tavares desvaloriza a importância da reconciliação, afirmando que "nunca foi amigo" de Vasco Pulido Valente: apenas "conhecido".