O duque de Edimburgo "conquistou o afeto de gerações" no seu país e em toda a Comunidade Britânica, composta por dezenas de países, depois de servir por quase sete décadas como o consorte real mais longevo do Reino Unido, disse Johnson.

"Agradecemos, como nação e como reino, pela vida e o trabalho extraordinários do príncipe Philip, duque de Edimburgo", declarou em frente ao número 10 da Downing Street.

"Como o hábil motorista de carruagens que era, ajudou a conduzir a família real e a monarquia a permanecer uma instituição indiscutivelmente vital para o equilíbrio e a felicidade da nossa vida nacional", afirmou.

Líderes de todo o espectro político britânico juntaram-se a Johnson para homenagear Philip, que faleceu no Castelo de Windsor esta sexta-feira.

O líder da oposição trabalhista Keir Starmer saudou-0 como "um extraordinário servidor público" e descreveu o seu casamento de sete décadas com Elizabeth II como "um símbolo de força, estabilidade e esperança".

"Foi uma parceria que inspirou milhões de pessoas na Grã-Bretanha e além".

"Profundo pesar"

O ex-primeiro-ministro trabalhista Tony Blair considerou natural que Philip "seja amplamente reconhecido como um notável e forte apoiante da rainha por tantos anos".

"No entanto, ele também deve ser lembrado e celebrado pelo seu próprio direito como um homem com visão de futuro, determinado e corajoso", acrescentou.

Os chefes dos governos autónomos do Reino Unido também enviaram publicamente as suas condolências à monarca.

A primeira-ministra escocesa Nicola Sturgeon disse estar "triste com a notícia". E os principais partidos políticos da região suspenderam a campanha para as legislativas regionais de 6 de maio, na qual os independentistas esperam obter uma maioria absoluta que apoie o seu projeto separatista.

Da Irlanda do Norte, abalada por uma onda de violência sem precedentes em anos, a primeira-ministra unionista Arlene Foster ofereceu as suas condolências à rainha.

E o chefe do Executivo galês, Mark Drakeford, enfatizou que o príncipe "serviu à coroa com devoção altruísta".

"Sei que posso dizer em nome de todos os londrinos que sempre seremos gratos pela contribuição que Sua Alteza Real fez à nossa cidade e ao nosso país", disse o prefeito de Londres, Sadiq Khan, observando que Philip lutou "pelas liberdades que valorizamos hoje" durante a Segunda Guerra Mundial como oficial da Marinha.

Justin Welby, arcebispo de Cantuária, líder espiritual da Igreja Anglicana, disse que orou para que Deus conforte a rainha, que é a chefe da Igreja da Inglaterra.

"Sentiremos muita falta da presença e do caráter do príncipe Philip, tão cheio de vida e vigor", declarou o cardeal Vincent Nichols, chefe da Igreja Católica em Inglaterra e País de Gales, garantindo que oraria pela família real e "pelo descanso da alma" do duque "neste momento de tristeza e pesar"

O primeiro-ministro irlandês, Micheal Martin, liderou a reação internacional: "Os nossos pensamentos e orações estão com a rainha Isabel II e o povo do Reino Unido neste momento."