Apesar da temperatura fria da manhã na capital britânica, o público já enchia os arredores do Palácio de Buckingham e da Abadia de Westminster antes das 07h00, onde a cerimónia religiosa começou às 11h00.
"A cerimónia foi perfeita, (...) muito espetacular, como merece uma grande rainha", comentou John MacKinnon, um corretor de seguros de 49 anos. "Agora vou tomar uma cerveja com os meus amigos e dedicar um brinde" à rainha.
"Eu queria fazer parte [do evento]. É um grande dia da nossa história, isso faz parte das nossas vidas", disse à AFP Susan Davies, 53 anos, que chegou às 6h30 no Hyde Park Corner, vinda de Essex, a leste de Londres, com o marido e dois filhos adolescentes.
A mulher, equipada com uma cadeira e "muita comida", espera poder ver o caixão da rainha que, deste local próximo ao Palácio de Buckingham, será transportado num carro fúnebre para a sua última morada, o Castelo de Windsor.
"Eu quero fazer parte da História", afirma Jack, o seu filho de 14 anos, que deseja explicar o evento às futuras gerações. "Falarei deste momento com meus filhos. Direi-lhe: Estava lá!".
Um pouco depois na fila, Calon Thompson, um estudante de cinema de 20 anos e morador de Bedford (norte de Londres), espera assistir ao funeral. Ele chegou às 06h00 da manhã.
"Queríamos estar na primeira fila. Pensávamos que estaríamos no meio da multidão, mas estamos aqui, no melhor lugar, com a melhor vista. Fantástico!", afirmou, descrevendo uma atmosfera "muito emocionante, mas também triste".
Os primeiros metros a partir das estações mais próximas estão cheios. Algumas pessoas passaram a noite.
Bethany Beardmore, contadora de 26 anos, chegou às 21h00 de domingo para não perder "uma parte da História". "Fazia frio, nós não dormimos", mas "havia um clima agradável, todo a gente conversava", explica o homem, que aguentou a fila graças ao açúcar e à cafeína.
Jovens e idosos aguardam com paciência. Os mais bem preparados tomam café. Os melhores lugares já estão ocupados para ver o cortejo fúnebre.
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