Max Petterson é um dos brasileiros mais conhecidos a viver em França. O influenciador digital, que no Instagram tem mais de um milhão de seguidores, nasceu em Cariri, no sul do Ceará, Brasil, mas decidiu mudar-se para Paris há cerca de oito anos.

Numa entrevista ao Fama ao Minuto, o humorista explicou que viver na capital francesa não foi bem uma escolha sua, mas mais uma escolha da própria cidade, que de certa forma o 'chamou'.

É em Portugal, país que diz ser a sua segunda casa, que Max Petterson irá dar o seu próximo espetáculo, intitulado 'Bôcu Bonjour'. O também ator já esgotou salas em Fortaleza, São Paulo, Recife, Rio de Janeiro e, no próximo domingo, dia 5 de março, sobe ao palco do Salão Preto e Prata, do Casino Estoril, para contar as suas histórias mais caricatas, vividas entre Brasil e França.

O que os portugueses podem esperar deste espetáculo?

Não esperem nada. Parto do princípio que criamos gado, bode, galinhas, gatos, mas nunca expetativas. Portanto, espero que os portugueses não criem expetativas sobre este espetáculo. Aí, tudo o que vier é lucro. O 'Bôcu Bonjour' tem um histórico muito bonito. É um espetáculo onde conto as minhas histórias e as minhas vivências desde que saí do interior do Caeará até ter chegado à Europa. Quero que os portugueses me descubram com estas histórias.

Foi obrigado a parar a tournée durante dois anos, devido à pandemia. De que forma foi importante regressar aos palcos depois deste período?

Foi um alívio incrível. Agora parece-nos que a pandemia passou muito rapidamente mas, na verdade, foi uma eternidade. Ter parado um espetáculo recém-nascido por dois anos foi como se tivesse matado algo que tinha acabado de criar. Cheguei a esquecer o texto. Quando o espetáculo voltou, tive de rever vídeos antigos e voltar a estudar o texto. O segundo 'Bôcu Bonjour' é uma recriação adaptada do que foi o primeiro espetáculo.

Sinto-me bem recebido, como se estivesse num país em que morasse. Nós [no Brasil] temos muita influência da cultura portuguesa

Embora tenha nascido no Brasil, o Max mora em Paris há oito anos. O que o fez escolher esta cidade para viver? E é por lá que se vê no futuro?

Não escolhi Paris. Acho que foi Paris que me escolheu a mim. Parece uma resposta cliché mas foi o que aconteceu. Quando fui para Paris, fui para fazer teatro, estudar na Universidade Paris 8, de teatro. Mandei e-mail para várias universidades do Brasil e fora do Brasil, mas esta foi a única que me respondeu, a única que me deu esperança. Daí eu dizer que foi Paris que me escolheu.

Não sei se vou viver lá a minha vida toda. Para sempre é muita coisa. Sinto-me muito bem em Paris, é a minha casa e a minha família, mas também me sinto bem no Brasil e noutras cidades que já visitei. Hoje é o Max de Paris, amanhã pode ser o Max de Nova Iorque, de São Paulo ou de Ceará.

Qual a ligação que tem com Portugal?

Portugal tem muitos brasileiros. Já vim cá várias vezes e sempre que cá venho sinto-me bem recebido, como se estivesse num país em que morasse. Nós [no Brasil] temos muita influência da cultura portuguesa. Quando saio de França e venho a Portugal, sinto-me muito familiarizado com as coisas, com a cultura, com a arquitetura... A comunidade brasileira em Portugal é gigantesca. Quando saio à rua em Portugal, parece que estou no Brasil. As pessoas param-me, conversam comigo... Portugal é um segundo lar, moraria em Lisboa.

Que ideia tem do público português e o que espera encontrar na plateia deste seu espetáculo?

Espero muito público português que tem conexões com o Brasil. Pessoas que têm familiares lá, por exemplo, ou que já lá foram muitas vezes. Se não for o caso, fico muito feliz por saber que estou a atrair o público português. Acredito que vai ser uma noite memorável para mim e vou fazer de tudo para que as pessoas sintam que foi a melhor noite da vida delas. Quero dar às pessoas o melhor que posso.

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