Guilherme Filipe esteve na tarde desta sexta-feira, dia 13 de dezembro, no programa 'Júlia', da SIC. Uma entrevista que destacou vários momentos da vida do artista, entre eles algumas as recordações de infância.

Ao partilhar algumas fotografias antigas, foram dadas a conhecer imagens suas com a mãe, de quem falou durante a conversa com a apresentadora.

De referir que a mãe do ator morreu há quatro ano e o artista foi quem tomou conta da progenitora nos últimos momentos da sua vida.

"Fiz questão disso por uma razão muito simples. Se os pais dedicam a sua vida a tratar de nós quando somos novos e ao longo da vida... não era uma obrigação, era uma opção", afirmou.

Na altura viu-se obrigado a reduzir o seu trabalho "ao essencial" para conseguir estar ao lado da mãe. "Não me arrependo de nada e isso deu-me arcaboiço para enfrentar muitas coisas. E curiosamente este ano voltei a passar com uma tia minha uma situação mais ou menos idêntica de apoio familiar, mas obviamente não estava lá porque não tinha de estar, mas aconteceram algumas... a morte inesperada da senhora. O que passei com a minha mãe deu-me a estaleca para aguentar determinadas coisas que a vida nos pões pela frente e a gente ou vai ou não vai. Às vezes olhamos para o lado e não há mais ninguém e temos de ser nós a fazer", desabafou.

"Quando foi o funeral foi perceber que, de repente, faltava gente para pegar no caixão. Então toca a pegar no caixão e a levá-lo. Chegamos ao cemitério e, de repente, também não está ninguém e eu tenho que depositar a senhora juntamente com mais dois primos e o coveiro, depositamos a senhora na cova. Se eu fosse pessimista já estava a cair-me o karma e a trindade, mas não. Eu acho que isto foi um sinal de fecho de um ciclo e de eu poder fazer qualquer coisa de ternura, já que tinha-me despedido dela na semana anterior e naquele dia achei que era uma forma que estava a ser mostrada de lhe dar o último abraço, é depositá-la na última morada. Nunca me aconteceu isto e espero não voltar a acontecer", completou.

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