Atualmente no ar como presidente do júri do programa ‘All Together Now’, da TVI, Gisela João tem estado no centro das atenções nas redes sociais precisamente por causa deste seu novo papel. Aliás, recentemente esteve envolvida numa 'polémica' por causa de uma frase que disse durante o programa e que não passou despercebida a alguns ex-concorrentes da ‘Casa dos Segredos’.

Tema que foi comentado durante a conversa com Manuel Luísa Goucha, na tarde desta quarta-feira, 31 de março.

Questionada sobre como é que lida com o que dizem nas redes sociais em relação a ser presidente do júri do ‘All Together Now’, a fadista começou por destacar. “Prefiro agarrar-me às coisas boas”.

Magoam-me. Uma coisa é atacar o meu trabalho, outra é a minha pessoa estar em causa. Depende sempre muito do que é que leio. Mas havia uma coisa que a minha avó me dizia: ‘Quem é que paga as tuas contas? És tu!’. As coisas têm muitas interpretações, a vida tem muitas interpretações e eu tenho o coração ao pé da boca. Para mim nada é a brincar, tudo o que faço é com um compromisso sempre muito sério, porque se não ficava em casa", acrescentou.

As saudades do palco e a preocupação com a cultura chegaram logo depois, com Gisela João a destacar: "Não gosto do papel de ser júri, não me considero júri, não considero que esteja a julgar alguém ali. Todos nós temos mais um papel de encaminhador, alguém que está a li a aconselhar".

"Nas primeiras filmagens, algumas pessoas à minha volta estavam emocionadas porque já estavam paradas em casa há um ano e parecia que estávamos num concerto. Isso parece que já foi há tanto tempo. Não sei quando é que vou voltar a cantar para as pessoas", partilhou, confessando as grandes saudades que tem da estrada, dos concertos e dos fãs.

"Dói horrores. Faço isto para mim, mas também faço isto para os outros. Sei que a poesia pode ajudar as pessoas, sinto que aquilo que faço é contar histórias e que isso faz muita falta às pessoas. Penso muitas vezes, se tenho um dia menos bom e chego ao fim do dia e vejo uma peça de teatro, um filme, ouço música... faz-me sonhar. No dia seguinte agarro o trabalho com outra força. Precisamos disso para viver", realçou.

"E nós deste lado, e não sou só eu enquanto cantora, a minha equipa precisamos disso", afirmou. "As saudades são imensas, a preocupação é gigante. Penso muitas vezes nas pessoas que trabalham nas artes performativas - que são coisas mais pequenas -, estão destruídas, entregues à morte. Eu? Eu apareço na televisão, venho aqui falar com o Manuel Luís Goucha, estou numa posição confortável. Mas há muita gente que não está e isso preocupa-me muito. Nestas profissões é mesmo por amor à camisola. Ninguém fica rico neste país a trabalhar com cultura, por exemplo", salientou ainda.

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