
Este sábado, dia 28, estreou em Lisboa, no Teatro Tivoli, a nova peça de teatro da autoria de Nuno Markl, juntamente com Francisco Martiniano Palma, Frederico Pombares (texto) e J.J. Galvão (música e letra). 'LUSITÂNIA COMEDY CLUB - O PORQUÊ DA COISA - Uma Reflexão Perfeitamente Inútil Sobre a Magnifica História de Portugal', promete arrancar gargalhadas ao público, enquanto reflete sobre os grandes acontecimentos que marcaram a história de Portugal.
Porque é que Portugal é assim, e não um El Dorado de riqueza e prosperidade? Terá o sentido de humor a ver com tudo isso? Onde é que tudo se estragou? As respostas para (quase) tudo estão no espetáculo de estreia do coletivo LUSITÂNIA COMEDY CLUB.
A peça conta a história de Tomé um jovem comediante desencantado com a maneira como, na atualidade, toda a gente se parece ofender com qualquer piada, inicia uma viagem no tempo conduzida pelo barman, Sebastião - que, mais do que um banal Sebastião, é, afinal, o maior Sebastião de todos: nada mais, nada menos do que El-Rei D. Sebastião, conservado no nevoeiro e capaz de o usar para viajar pelo tempo, graças a um gadget que construiu por alturas de Alcácer-Quibir.
O Fama ao Minuto esteve à conversa com um dos atores do elenco, Frederico Amaral, que se mostrou bastante entusiasmado com o novo desafio.
Como foi trabalhar neste projeto?
É uma grande responsabilidade. É uma peça muito interessante sobre a história de Portugal, ou seja, o que o Pombares, o Markl e o Palma fizeram foi esmifrar um pouco a história de Portugal dando-lhe um toque cómico, interessante, muito satírico. Tem como base as pessoas se ofenderem com piadas facilmente. Isso acontece muito nas redes sociais e acho que isso foi transportado aqui para esta peça.
Qual foi para o Frederico o maior desafio?
A peça começa com um comediante que vem ao bar Viriato e as pessoas ofendem-se muito com as piadas que ele diz. O que é muito desafiante aqui, principalmente para mim e outros atores, é que eu faço 20 personagens. O interessante foi encontrar maneiras de ser e de estar em cada uma das personagens. Claro que são personagens conhecidas, históricas, mas fazemos um pouco à nossa visão.
E a personagem mais marcante?
O Inquisidor, da Santa Inquisição Portuguesa. Ele é assim muito estranho, assustador, tenta espalhar o medo, mas acho que não consegue muito. É um desafio enorme que me está a dar muito prazer, até porque também é um musical.
O que diria às pessoas que ainda não viram a peça?
Primeiro lerem a sinopse para perceberem do que é que se trata. Depois quem conhece o Markl sabe que coisa boa há-de vir dele, com certeza. O texto é muito bem escrito. São piadas muito inteligentes. Esmifraram, mas de uma forma muito leve. Acho que as pessoas se vão identificar.

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A peça tem a duração de 90 minutos e o preço dos bilhetes varia entre os 10 e os 22 euros.
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