Atualmente no ar na novela 'Bem Me Quer', da TVI, Pompeu José esteve no 'Você na TV' para falar desta nova personagem. Uma conversa que levou ainda a que recordasse um momento difícil da sua vida, a morte da mulher, Carla, há 14 anos.

Inicialmente, o ator contou que conheceu a falecida companheira em 1987, em Tondela, onde vive desde que se casou com Carla e viu nascer o filho que têm em comum, Afonso Cortez.

"É a vida. Dói muito, mas é como tudo. Temos de ter a capacidade de retomar. É uma perda muito grande e sentimos sempre que é uma perda enorme nas nossas vidas", confessou a Manuel Luís Goucha, recordando a partida da companheira.

Questionado pelo apresentador se com a perda da mulher passou a ter mais medo da morte, Pompeu respondeu: "Não. Não tenho medo da morte no sentido em que sei que há um ciclo. Só se justifica cá andarmos porque caminhamos em direção a um fim".

De seguida, partilhou: "Tenho um ritual diário. Todos os dias vou ao espelho antes de ir para a cama e tenho de tenho de rir de qualquer coisa, e quando me levanto a primeira coisa que tenho de fazer é rir. Vou-me encontrando comigo próprio e temos de estar bem connosco".

Mas não ficou por aqui. "Tem de haver uma grande tranquilidade na nossa existência, mesmo perante um caso difícil que foi para mim perder uma companheira, inclusive saber que tinha de ficar com o meu filho e continuar a vida com ele", acrescentou, destacando de seguida o apoio que recebeu na altura.

"Também aí a comunidade foi a grande ajuda que tive. A aceitação que tive em Tondela, um meio pequeno... Houve pais de um colega do Afonso, quando ele era pequeno, que o levaram de férias para o Algarve porque na altura eu não tinha a possibilidade de o fazer. Que me ajudavam se precisasse de alguma coisa, que me acompanhavam e é bonito agora que essa comunidade me veja vir a Lisboa e vive comigo esta alegria, de ser reconhecido, de vir trabalhar a um sítio grande... É partilhar com eles também. A minha profissão é a minha vida", disse.

Sobre o filho, o ator contou que este decidiu também seguir caminho na representação e que está a estudar no Porto.

"É um amigo que tenho. Ele tem 21 anos, ainda conversamos de mão dada, ainda damos um abraço antes de ele se ir deitar. Aquele corte que normalmente naquela idade um adolescente faz com o pai, principalmente, nós mantivemos uma relação de amizade e de partilha até hoje", realçou.

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