Nicholas Sarkozy custa aos contribuintes franceses qualquer coisa como 113 milhões de euros anuais, um orçamento maior do que o da rainha Isabel II, de Inglaterra.

Numa altura em que o presidente francês e a sua amiga Angela Merkel impõem contenção e austeridade a vários povos da zona euro, os luxos de Sarkozy são fortemente criticados por René Dosière no seu livro, “L’Argent de l’État”, ou “O Dinheiro do Estado”.

O deputado socialista francês revela na sua obra pormenores verdadeiramente chocantes dos variadíssimos luxos de Sarkozy, como o custo das flores dos jardins do Palácio do Eliseu, que é de 230 mil euros anuais, e as despesas de alimentação e bebidas, que chegam aos 12 mil euros diários.

Na garagem presidencial francesa existem neste momento 121 viaturas – o dobro das existentes no tempo de Jacques Chirac, antecessor de Sarkozy – e que custam aos contribuintes franceses 330 mil euros só em combustível.

Não podia faltar nesta lista o famoso “Air Sarko One”, o avião que o presidente francês adquiriu e que custou 176 milhões de euros. Um galáctico meio de transporte que, inclusivamente, dispõe de dois fornos de pão, suite com jacuzi, cozinha e até um sistema de ventilação que permite fumar a bordo.

Um avião que não é usado apenas para fins públicos e que já serviu para transportar Pierre Sarkozy, o filho mais velho do presidente francês, quando este, em deslocação à Ucrânia foi hospitalizado com uma intoxicação alimentar. Nessa altura, Nicholas fez questão de trazer o filho de volta a casa com todo o conforto possível. Uma viagem que custou 25 mil euros aos franceses.

Igualmente cara ficou a viagem privada do presidente e de sua mulher, Carla Bruni, a San Quentin, no Verão passado: 400 mil euros de factura para uma deslocação de apenas 164 kms.

Estas denúncias surgem no momento em que Sarkozy se prepara para concorrer de novo à presidência francesa, numa campanha em que terá como principal adversário o socialista François Hollande.