Nuno Markl reagiu à detenção de Andrew Tate - um polémico influencer pelas suas opiniões consideradas misóginas, sexistas e negacionistas nas redes sociais.

O radialista refletiu sobre o desenrolar dos acontecimentos e a importância de se perceber o verdadeiro significado do conceito "politicamente incorreto".

"O que eu adoro ver facínoras a autodestruir-se em minutos. É no que dá ser estúpido: se por um lado essa estupidez torna malta como o Andrew Tate uma influência tóxica no mundo, por outro, diria que essa mesma estupidez não levará essa malta muito longe. E é lindo ver o mal imolar-se a si mesmo", começa por dizer.

"Isto parece uma história digna d’O Homem Que Mordeu o Cão: Tate, herói dos misóginos, dos agressores, dos filhos da p do mundo, andava a ser procurado pela polícia por violação e tráfico humano. Entre o orgulho com que atacou a Greta Thunberg no Twitter, falando das emissões de poluição dos seus 30 e tal carros de luxo (algo a que Thunberg respondeu maravilhosamente - esta obsessão com carros é claramente small dick energy) e uma fotografia onde se mostrou a comer uma pizza de um restaurante da Roménia, foi fácil as autoridades localizarem o tipo e deitarem-lhe as mãos. Nem sempre o Mal perde, na vida real, mas toda esta sucessão de acontecimentos foi ouro puro", evidencia.

"Tates há muitos. São os escroques que andam a tentar validar crueldade vestindo-a de 'politicamente incorreto'. Não, malta. Politicamente incorreto é o Bill Burr e o South Park e ainda bem que os temos. Andrew Tate é só um ser humano orgulhosamente horrível a tentar normalizar comportamentos horríveis. Ser um mau ser humano não é ser politicamente incorreto. Não confundam as coisas, por favor", termina.