Pela primeira vez no nosso país, uma mulher preside aos destinos de uma instituição bancária. A pioneira é Maria Cândida Rocha e Silva, presidente do Conselho de Administração do Banco Carregosa, que ontem mesmo iniciou oficialmente a sua actividade.
O novo banco resulta da fusão da corretora L. J. Carregosa (uma empresa financeira secular de que Maria Cândida é herdeira) com a sociedade gestora de patrimónios Personal Value. No capital social do banco participam ainda accionistas particulares, como Américo Amorim, que detém 10 por cento.
"O passado da Casa Carregosa dá-me segurança para acreditar no futuro", afirma Maria Cândida Rocha e Silva, que foi também a primeira mulher corretora em Portugal. "Acredito que vamos saber continuar a cuidar dos nossos clientes, com a sabedoria, o respeito e a experiência adquiridos há várias gerações".
O Banco Carregosa, cuja Comissão Executiva é presidida por Pedro Duarte, trabalhará na área do ‘private banking', com incidência na gestão de patrimónios. "Não nos dedicaremos à banca de retalho nem nos centraremos numa rede física de distribuição. Não teremos objectivos de crescimento massificado ou de vendas em grande escala", explicou Maria Cândida.
O novo banco, que tem uma discreta sede na Avenida da Boavista, no Porto, espera cativar uma centena de clientes e gerir 100 milhões de euros até ao final do ano.
(Foto: Estela Silva/LUSA)
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