Depois de Leonor Poeiras ter reagido publicamente às críticas de que foi alvo o programa 'Quem quer casar com o meu filho?', da TVI, e de Cristina Ferreira ter saído em defesa de 'Quem quer namorar com o agricultor?', da SIC, foi a a vez de Cláudio Ramos reagir às críticas

Os dois programas dos principais canais generalistas em Portugal têm dado que falar pelo facto de, na opinião de espetadores e até de alguns famosos, defenderem comportamentos machistas e tratarem a mulher como objetos. Opiniões que Cláudio Ramos diz respeitar, mas que para si não têm qualquer sentido.

" (...) não fiquei indiferente às muitas manifestações que apareceram hoje cedo vindas de muita gente que considera o programa machista, que as mulheres são objecto, que os agricultores tratam as mulheres como ‘gado’… Sou dos que respeita todas as opiniões e apelo muito à liberdade, por isso mesmo é importante perceber que as candidatas do programa estão ali de livre vontade na busca de uma experiência social que – aos seus olhos- as beneficiará a elas e a eles. Que eles – os agricultores – também são avaliados, como elas são, dentro do contexto que é a linha editorial de um programa de entretenimento", defende.

Justificando as suas declarações, o apresentador lembra que todas as participantes se encontram no formato por sua livre vontade. Liberdade que, na sua opinião, não lhes deve ser retirada.

“Gostava muito que todos percebêssemos que a televisão tem o fim de entreter, que uma televisão privada além de entreter tem a função de criar audiência e lucro. Esse é o caminho. Partindo do princípio fundamental que somos todos livres de fazer o que nos apetece, desde que não se interfira na liberdade do próximo, que direito temos nós de condicionar as mulheres de participarem num programa onde procuram o amor, borboletas na barriga, a exposição, ou a legítima vontade de aparecer? Não somos ninguém para o fazer.”, explica.

“Liberdade não é condicionar com opiniões feitas e pressões mediáticas o que todos devem fazer, sob pena de, se fizerem o contrário da maioria, se sentirem mal.”, acrescenta, pedindo que também as suas ideias sejam respeitadas.

“Eu tenho quatro irmãs, livres, independentes, profissionais bem-sucedidas, com belíssimos valores, que não ficariam piores se participassem no programa e muito menos se assistirem todos os dias a ele. Estamos a entreter Portugal numa escolha livre. Desculpem, mas é o que eu acho. Não sou nem burro, nem machista, nem quero regredir no tempo. Digo eu que tenho irmãs, uma filha, uma mãe e 45 anos. Mesmo que não se concorde com a minha opinião, é preciso respeitá-la. Assim como às livres escolhas de cada um. Certo?”, concluiu Cláudio Ramos no seu longo desabafo, que pode ler na integra no blog 'Eu Cláudio'.