Fernando Figueiredo, mais conhecido como DJ Mastiksoul, esteve esta quinta-feira, 10 de novembro, à conversa com Manuel Luís Goucha. O músico, que foi acusado de violência doméstica por uma ex-companheira e mãe de um dos seus filhos (Santiago, de cinco anos), revelou que foi absolvido da prática do referido crime por decisão do Tribunal da Relação, a qual foi confirmada pelo Supremo.

Note-se que Fernando tinha sido condenado a dois anos e meio de pena suspensa, obrigado a cumprir uma interdição em relação à alegada vítima e a fazer um programa de reabilitação destinado a agressores.

O entrevistado, que manteve um relacionamento (com idas e vindas) com a mulher em questão durante seis anos, acredita que a queixa tenha sido feita com o objetivo de "denegrir a sua imagem" e para conseguir a guarda total do filho, uma vez que esta é partilhada.

“Quando recebi essa notícia comecei-me a rir, porque achei que não era séria. Pensava que era uma brincadeira, porque não fazia sentido nenhum. Como nunca a tinha agredido fiquei em dúvida. Nunca agredi uma mulher. (…) Aliás, detesto violência. Sou anti-violência, sempre", argumenta.

"Nem sequer investi na defesa. Fiquei de tal forma tranquilo que quando cheguei ao tribunal fiquei admirado com as pessoas que lá estavam, com as pessoas que foram testemunhar, achei estranhíssimo. Desvalorizei, porque ela não tinha provas nenhumas, porque eu não tinha feito nada", sublinha.

O entrevistado confessa que não preparou bem a sua defesa, o que levou à primeira decisão jurídica, que o considerou culpado em 2021.

Durante o tempo em que esteve a lutar para provar a sua inocência, Mastiksoul viu-se prejudicado a nível profissional, tendo perdido vários trabalhos e oportunidades. Contudo, lamenta ainda mais que os seus filhos tenham sido obrigados a lidar com uma situação tão complicada.

"Depois da sentença, cada vez que ia buscar o meu filho à casa dela, ela esperava-me com o atual companheiro, em tronco nu, a ameaçar-me de porrada. Aquilo prolongou-se durante imenso tempo. Tive de fazer uma queixa crime. Inclusive, iam a minha casa filmar-me e ameaçar-me de porrada. Foi um massacre brutal", revela.

Mas não se ficou por aqui: "Ela queixou-se de violência psicológica, mas ao mesmo tempo vai ao tribunal parental solicitar que me obriguem a ter contacto com ela. Achei aquilo estranho", explica, afirmando que recusou o pedido e que a sua vontade era manter a maior distância possível.

Goucha destacou um pormenor. A decisão de absolvição foi baseada no facto da queixa ter sido apresentada fora do prazo legal, que é de seis meses. O DJ confirmou que a queixa foi feita três anos depois da relação ter terminado.

"Esta é a vítima menos vítima que eu conheci", atira, por fim, destacando uma vez mais o facto da ex-companheira fazer questão de se ter contacto com ele.

--

Se estiver a sofrer com alguma doença mental, tiver pensamentos autodestrutivos ou simplesmente necessitar de falar com alguém, deverá consultar um psiquiatra, psicólogo ou clínico geral. Poderá ainda contactar uma destas entidades:

SOS Voz Amiga (entre as 16h e as 24h) - 213 544 545 (Número gratuito)

Conversa Amiga (entre as 15h e as 22h) - 808 237 327 (Número gratuito) e 210 027 159

SOS Estudante (entre as 20h e a 1h) - 239 484 020

Telefone da Esperança (entre as 20h e as 23h) - 222 080 707

Telefone da Amizade (entre as 16h e as 23h) – 228 323 535