No dia em que o Bloco de Esquerda comemora o seu 25.º aniversário, Cristina Ferreira e Cláudio Ramos receberam no programa 'Dois às 10', da TVI, a coordenadora do partido e candidata às próximas eleições legislativas: Mariana Mortágua.

Descontraída e de sorriso no rosto, a convidada falou sobre a sua caminhada na política, inspirada pelo pai, Camilo Mortágua, nome que se distinguiu na luta contra a ditadura.

Na mesma conversa, Mariana falou igualmente da relação que tem com a irmã gémea, Joana Mortágua.

Questionada por Cristina se os gémeos tinham mesmo telepatia, a mesma garantiu que isso não passa de um mito.

"Existe uma proximidade grande que é confundida com telepatia", explica, notando que a relação é de tal maneira próxima que bastava quando a irmã "dizia metade das palavras" para a compreender de imediato.

Por outro lado, a líder do BE reconhece um lado menos bom em ter uma irmã gémea: "Corta-nos um bocadinho a individualidade", nota, afirmando que "as gémeas são uma entidade".

Ainda assim, realça o privilégio que foi ter crescido no campo em Alvito, uma vila alentejana. "Fomos educadas com liberdade e isso é responsabilidade. Sempre levei muito a sério", reconhece.

No mesmo sentido, destaca a educação que lhe foi dada pelos pais. "Não há porque não, o não explica-se. (...) Percebia a razão e isso dá-nos conforto a crescer", conta.

Apesar de reconhecer as dificuldades que uma vida na política traz, Mariana Mortágua coloca tudo em perspetiva quando lembra aquilo por que o pai passou. "O meu pai fez política na clandestinidade e foi condenado a prisão perpétua pela PIDE", afirma, recordando que este ainda viveu no estrangeiro, só tendo regressado ao país no 25 de Abril.

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