A Associação SORRIR tem como missão promover e salientar a importância de sorrir para a saúde, não pela ausência de doença, mas enquanto bem-estar físico, mental e emocional.
O movimento O MAIOR SORRISO DO MUNDO nasce em 2013 para reforçar esta mensagem e representa alegria, amor, saúde e bem-estar.
Figuras públicas e empreendedores aderiram à causa e partilharam os seus testemunhos. Conheça a história de Maria do Céu Santo.
O quê é que a faz sorrir?
Maria do Céu Santo: As pessoas bem dispostas, um dia de sol, levantar de manhã, olhar para o espelho e sorrir para mim própria. É a primeira coisa que faço quando me levanto, dizer “bom dia” a sorrir!
O que é que significa para si o sorriso?
Maria do Céu Santo: Felicidade. Não se é feliz. Está-se feliz! Podemos fazer o balanço da vida e o balanço ser com muitos momentos de felicidade. Às vezes os pacientes vêm à consulta deprimidos e eu digo para escreverem ao final do dia 3 coisas positivas que aconteceram nesse dia. Ser feliz é aproveitar os pequenos momentos. A crise está a ter um efeito positivo nas pessoas, nós ajudamos mais os outros.
O valor maior que nós temos é o tempo. O tempo não se compra. As pessoas não precisam tanto de poder económico para serem felizes, precisam de aproveitar a vida! O presente tem esse nome porque é isso mesmo: é um presente que nós temos. E não somos educados assim, somos sempre educados a viver do passado para o futuro.
Qual é que foi a maior adversidade pela qual já passou?
Maria do Céu Santo: Quando caíram as Torres Gémeas, em Nova Iorque, eu tinha o meu filho David a viajar e só às 18h é que ele me telefonou… Foi o dia mais longo da minha vida! Eu estive 8 horas ao lado do telefone, ainda hoje me emociono só de pensar nisso. Os minutos, quando estamos em sofrimento, parecem muito longos.
Um estudo revelou que os portugueses andam a sorrir cada vez menos. O quê é que falta aos portugueses?
Maria do Céu Santo: Os países quentes em geral sorriem mais. E depois existe outro fator, quanto maior o patamar social que uma pessoa atinge, mais isolada fica e menos sorri. A felicidade não é sinónimo de riqueza e de poder, senão todos os ricos eram felizes. As pessoas que sorriem mais não são as que têm maior poder económico. Os portugueses sempre tiveram o fado. Nós sempre fomos um povo com tendência para a tristeza. Temos de educar mentalmente as pessoas para sorrirem porque se eu chegar a um sítio e sorrir, crio empatia com as pessoas. Se chegar a um sítio agressiva, gera agressividade. O ser agressivo não quer dizer que seja competente.
Que conselho pode dar aos portugueses para sorrirem mais?
Maria do Céu Santo: Todos os dias de manhã olhem para o espelho e digam “bom dia” a si próprios a sorrir, porque o sorriso dá boa disposição e além disso ficamos todos mais bonitos a sorrir. Acho a memória extremamente importante. Tudo aquilo que foi negativo, eu deito fora. As boas memórias devemos recordar. É como se sentíssemos novamente o que de bom aconteceu, aquilo que sentimos na altura.
E depois existe outro problema: as pessoas muito negativas. As pessoas só se queixam e eu costumo dizer aos meus pacientes que os amigos e a família não são analgésicos. Todas as pessoas muito negativas são desagradáveis, ninguém quer ter ninguém sempre a dizer mal de tudo e de todos, porque há pessoas que se queixam de tudo e nada está bem para elas. E as pessoas têm de ser mais tolerantes, não criticar tudo.
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