Todas as sextas-feiras, no "Jornal Nacional" da TVI, Manuela Moura Guedes bate na tecla da crise, flagela Sócrates e o Governo e traça um retrato pouco animador do futuro do país. Vê-se que também ela está aborrecida com o estado das coisas, apesar de ter um emprego bem remunerado...
"O quê?! Vocês acham que a crise não passa por mim?", espanta-se Manuela em breve conversa com repórteres do SapoFama, ontem à noite. E acrescenta: "Não se brinca com estas coisas, é muito complicado. Sinto a recessão em tudo, como qualquer pessoa, a começar no preço das coisas..."
Assim, à semelhança do comum dos mortais, Manuela já começou a fechar os cordões à bolsa e confessa-se empenhada em controlar melhor os gastos da família, a começar pelo orçamento das férias de Verão: "Ainda nem sequer sabemos para onde vamos. O que sei é que vamos fazer muito bem as continhas e que não iremos para o Algarve."
Moura Guedes explica que não gosta do Algarve, uma zona de "construção feiosa", filas intermináveis nos meses de Verão e "preços exorbitantes". Em último caso, prefere refugiar-se em casa. É mais barato e tem mais sossego e tranquilidade: "Sou um bocadinho bicho-do-mato e, contrariamente ao que as pessoas possam pensar, não tenho vida social..."
Segundo o INE (Instituto Nacional de Estatística), os números apontam para uma queda da economia nacional de 2,1% em 2008. E para o ano de 2009 não se esperam melhorias, muito pelo contrário. Por isso há que arregaçar as mangas e definir estratégias de consumo, tarefa a que Manuela Moura Guedes já meteu ombros, segundo ela própria garante:
"A vida está cara, é a crise e a recessão. Para poupar uns trocos consumo menos e deixei de comprar coisas que antes gostava de comprar. Malas e sapatos por exemplo. Os consumismos devem ser postos de lado."
Para combater a crise, a jornalista deixa uma dica: "As pessoas têm que olhar duas vezes para o preço das coisas e comprar apenas o essencial, isto é, quem pode comprar os bens essenciais... Graças a Deus, sou das pessoas privilegiadas que não precisa de cortar no essencial. Os luxos e as coisas mais supérfluas, isso sim, evito..."
Quanto às críticas que ultimamente têm surgido em relação ao jornal que apresenta, Manuela Moura Guedes mostra-se contida: "Recebo críticas mas, por outro lado, tenho recebido muitos e-mails e cartas de apoio e só quero que me deixem fazer o meu trabalho".
Confrontada sobre uma possível entrevista ao primeiro-ministro, Moura Guedes foi breve nas palavras: "Nós continuamos a fazer os convites mas eles continuam a recusar".
Recordamos que José Sócrates será entrevistado hoje, quarta-feira, na SIC, às 21 horas, pela jornalista Ana Lourenço. Em cima da mesa estarão temas como a crise económico-financeira financeira e a derrota do Partido Socialista nas eleições europeias.
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