A infância de Carlos Cunha e a sua relação com a mãe foi um dos muitos temas que preencheram a entrevista do ator a Júlia Pinheiro.

"Muito pouca quase nenhuma", foi a resposta de Carlos Cunha quando falou sobre a relação que teve com a progenitora. "A minha mãe faleceu há muito pouco tempo", destacou de seguida.

"Entrou com um problema de coração e já não saiu de lá. Apanhou Covid", acrescentou.

O artista viveu com a avó paterna, isto porque a mãe, que era atriz de Revista, e foi fazer uma digressão a África e acabou por ficar no país. "Entregou-me a uma ama da confiança dela. A minha avó foi-me buscar. A minha mãe quando vinha cá para me ver, eu estava a dormir. Isto foi o que me contaram", contou, explicando que esta era a maneira da avó não deixar a mãe vê-lo com medo que o levasse. "Era sempre assim e não deixava".

A mãe tinha vários negócios e o ator nunca sabia "onde é que ela estava". "Eu não sabia onde é que a minha mãe morava. [...] Nunca tive oportunidade de saber o porquê de nunca me ter vindo buscar. Casou lá, teve dois filhos que já faleceram, depois teve outro já cá em Portugal e esse é vivo e damo-nos [um com o outro]", acrescentou.

"A minha avó não tinha tempo [para ser afetuosa], só vivia para fazer dinheiro. Carinho tinha pouco. Não tinha mesmo tempo, tinha mais do que fazer. O meu pai também não tinha muito tempo, mas quando aparecia... Ele era o meu rei. Gostava de teatro, gostava das senhoras do teatro", partilhou também.

"Era uma pessoa muito educada e tinha uns amigos extraordinários, o Raúl Solnado, o Camilo, e eles gostavam mesmo dele. E ele não era ator nem nada", disse ainda, falando do progenitor.

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