Liliana Campos usou esta quarta-feira as suas redes sociais para num emocionado texto lamentar a ausência de uma das pessoas mais importantes da sua vida: o seu pai, que morreu de ataque cardíaco quando esta tinha apenas 24 anos.

Aos 48 anos, a apresentadora deu-se conta de que passou metade da sua vida sem aquele que tanto lhe ensinou, nos conselhos, alicerces e até nos pequenos gostos relacionados com o Telejornal, o gosto pela política ou pelo futebol.

"Desde os 24 anos que passei a ter que tomar decisões, sem nunca ter a certeza do que estava a fazer. Sempre a pensar que conselhos é que me daria. O pai tinha sempre a solução para tudo, ou quase tudo. Era o meu porto seguro", recorda, mostrando-se muito orgulhosa do homem que foi o seu progenitor.

"O pai era só a pessoa mais culta e mais inteligente que eu já conheci. Sabia tudo sobre tudo. E tinha necessidade de saber cada vez mais. Nunca nenhuma pergunta minha ficou sem resposta. Tínhamos conversas intermináveis pela noite dentro. Éramos notívagos. Eu a estudar, o pai a ler", conta.

Admitindo que sempre foi "menina do papá", Liliana descreve com grande dor o momento em que soube da morte do pai. Uma partida repentina e sem tempo para despedidas.

"Sempre fui a menina do papá, desde que nasci até o pai partir... e partiu de repente. Sem tempo de eu poder agradecer, de dizer quanto o amava. Sem tempo de me despedir... Hoje acho preferível que tenha sido assim, mas na altura era tão novinha. Fiquei sem chão e sem alma durante anos. Dava tudo para voltar a sentir o seu abraço forte, de um Homem Grande... e de um Grande Homem com um coração enorme... e de voltar ouvir: 'Palhuça, vai buscar o rádio ao Pai... Anda cá, Pinguças, vai começar o Alô, Alô", pode ler-se, por fim, na publicação a que a apresentadora juntou uma foto antiga do casamento dos pais.

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