A prioridade de Júlio Magalhães, que hoje toma posse como director de Informação da TVI, é "devolver a estabilidade" à Redacção do canal de Queluz.
"A TVI sempre teve um bom ambiente na Redacção mas os últimos acontecimentos, com a saída do José Eduardo Moniz e o final do Jornal Nacional das sextas-feiras, precipitaram alguns tumultos e desestabilizaram o ambiente" - diz o jornalista, de 46 anos, numa entrevista concedida ao "Público".
Sobre o "jornalismo de investigação", imagem de marca do extinto Jornal Nacional dirigido por Manuela Moura Guedes, Júlio Magalhães afirma que é para continuar, mas lança um aviso: "É uma área obrigatória do grande jornalismo, mas não podemos criar uma secção Freeport. Qualquer dia tínhamos de criar uma secção do caso Portucale, outra do caso Casa Pia."
Júlio Magalhães, que hoje mesmo vai começar " a falar com pessoas" para definir a nova estrutura de poder no sector da Informação, afirma-se um homem "de neutralidade absoluta na área política" e promete "pluralismo, independência e verdade".
Até ao momento, o novo director confirmou que ele próprio e José Carlos Castro vão sair de antena, para poderem desempenhar melhor funções de coordenação e comando, enquanto Pedro Pinto e Constança Cunha e Sá passam a editores principais. O editor de Desporto, Luís Sobral, deixa o cargo, mas Júlio Magalhães não esclarece o que esse profissional vai fazer.
"Estive a descansar nestes últimos dias para começar agora em força", refere, ainda, Júlio Magalhães, que se muda do Porto para Lisboa, deixando a família na capital nortenha.
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