Júlia Pinheiro foi a convidada desta semana d'As Três da Manhã'. A apresentadora, de 62 anos, falou sobre a sua carreira no pequeno ecrã. "Na apresentação sentes que o teu trabalho vai tendo menos valor à medida que vais envelhecendo?", questionou.

"Não… O que eu acho é que a atividade na qual eu trabalho, que é a área da comunicação e da televisão, o seu modelo de negócio está a alterar-se", respondeu.

Questionada se sentiu que o envelhecimento a prejudicou neste caminho, acrescentou: "Ainda não senti isso, de todo, mas imagino que noutras disciplinas da televisão, que não a minha, isso tenha uma valoração diferente. Tenho um programa de entretenimento de largo espectro que acho que a experiência e o tempo valoriza muito."

A nova geração da televisão

Perguntou-se ainda à comunicadora da SIC a sua opinião sobre a nova geração de apresentadores.

"Os fenómenos que acontecem agora sempre aconteceram, que é: quando alguma coisa suscita curiosidade, se a tirarmos do seu plano normal e a pormos noutra - porque suscita curiosidade vai trazer público atrás", reflete.

"Agora temos aqui uma equação mais complexa, porque grande parte das pessoas que aparecem a apresentar não têm histórico, experiências, por vezes não têm cultura nenhuma, nem a mais simples. Têm poucos recursos e a comunicação que fazem é muito básica, cética e, muitas vezes, tecnicamente má", considerou.

Júlia deu ainda conselhos a todos os jovens que querem fazer carreira em televisão: "Leiam, leiam! Pela vossa rica saúde! Leiam livros, não o Instagram. Acumulem conhecimento, leiam notícias no sítio certo, com debate."

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