Júlia Pinheiro resolveu partilhar com os seus seguidores um longo desabafo onde coloca 'no papel', ou neste caso na sua conta oficial de Instagram, os "pensamentos de domingo em confinamento".

"Têm sido dias atípicos. A começar pela quantidade de testes à COVID-19 que passámos a fazer na SIC, com frequência, a todos os colaboradores e convidados que entram nas instalações", começa por referir, realçando a sua sorte por "felizmente, até à data de hoje" ter "somado negativos".

"Na redação, estamos poucos – mas sempre bons. As ruas estão mais vazias. E decididamente tristes", lamenta, passando a contar o que sente no seu abrigo - a sua casa.

"Em casa, no meu porto de abrigo, tenho usado estes silêncios para algumas reflexões: chegam-me cada vez mais cartas e emails. Pessoas que me procuram como um grito de ajuda. Pessoas que pedem um BIS da 'A Hora da Júlia', o programa que desenvolvi em confinamento, na Renascença. Pessoas que, à parte do programa Júlia, me pedem que as ouça, depositando em mim, mais do que esperança, confiança, um rumo", escreve.

Júlia tem recebido pedidos de ajuda de homens e mulheres, pedidos que a fazem agora pensar em desenvolver "projetos na áreas da psicologia para poder continuar a ouvir e a procurar orientar caminhos" ou, quem sabe, em voltar a produzir o seu programa de rádio.

"Há muitos anos, quando escrevia a minha rubrica na revista Máxima, respondia às cartas de mulheres que me pediam a opinião sobre assuntos do coração. Mas hoje, as mulheres, os homens, e até alguns jovens, falam-me dos pesadelos e angústias mal resolvidas das suas vidas", diz.

"Quem sabe se todos estes pensamentos não serão sementes para projetos futuros?", questiona, por fim, o rosto da SIC.

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