Isabel Silva aproveitou a quarentena da melhor forma. A apresentadora da TVI dedicou-se a um dos muitos projetos que tinha na gaveta e lançou no dia do seu 34.º aniversário a sua primeira revista digital - a dobem.

A dobem vem complementar os conteúdos digitais até aqui produzidos por Isabel, no Instagram e blog pessoal, migrando a página 'I Am Isabel Silva' para esta nova aposta. Uma aposta mais completa, com informação credível e rigorosa onde os três focos voltam a ser: alimentação, desporto e ambiente.

Em entrevista ao Fama Ao Minuto, Isabel Silva contou-nos tudo sobre este seu novo projeto.

A Isabel já produzia conteúdos no Instagram e no seu blog pessoal, 'I Am Isabel Silva', como surge a ideia e, no fundo, a necessidade de criar agora uma revista digital?

Criar a revista digital dobem, no fundo, é um desejo que na verdade já nasceu com o blog. A minha grande paixão é produzir conteúdos, bons conteúdos que levem as pessoas a estarem mais e melhor informadas e a refletirem sobre aquilo que estão a ler. Inspirá-las e levá-las a uma ação. No fundo, o objetivo é estimular o lado bom das pessoas.

A dobem é uma revista digital que pretende abordar temas de uma forma credível e informada. Decidi criar esta revista para também conseguir dar mais resposta aqueles que me seguem. Ou seja, é também ir mais ao encontro daquilo que as pessoas querem ler. Nesta revista vão ter conteúdos regulares, diários e que vão ao encontro daquilo que as pessoas querem ler.

E quais são exatamente as áreas que vão ser exploradas nesta nova revista?

A revista chama-se dobem porque, obviamente, nela podemos falar de muita coisa, mas é focada nos três pilares que eu considero que são fundamentais para termos uma vida feliz, leve, simples, honesta e bonita. Portanto, é uma revista que vai abordar muitos os temas da alimentação natural e equilibrada, a atividade física e também a parte da sustentabilidade.

Na dobem, a Isabel Silva deixa de ser a protagonista e o que passam a ser os protagonistas são os temas que a Isabel valoriza

De que forma se vai complementar a informação das restantes plataformas digitais com a dobem e o que é que esta terá de diferente do blog e Instagram?

Quando eu vou fazer as minhas viagens de maratonas, por exemplo, não consigo num post de Instagram relatar tudo aquilo que a experiência significou para mim. O Instagram é uma excelente montra, onde eu consigo mostrar o meu dia a dia, mas o meu blog já era algo mais trabalhado. O meu blog na verdade era uma espécie de diário, que não estava fechado a sete chaves. Eu partilhava com as pessoas, e vou continuar a fazê-lo na dobem, as minhas experiências. Experiências essas que estão dentro de um universo que eu valorizo e acho que deve ser partilhado. A dobem é um bocadinho mais do que isso. Na dobem, a Isabel Silva deixa de ser a protagonista e o que passam a ser os protagonistas são os temas que a Isabel valoriza. Os protagonistas passam a ser a alimentação, o desporto e o ambiente com uma informação credível, informada, rigorosa, mas também, e tão importante como, inspiracional. Ou seja, não é apenas uma revista que simplesmente relata as coisas, há um cunho pessoal e, por isso, é que o blog continua na dobem. E a minha equipa, que tem base e formação de jornalismo, e que tem o mesmo ADN que eu, também vai escrever para a revista.

Então as pessoas não vão encontrar apenas artigos escritos pela Isabel na dobem?

As pessoas na dobem vão encontrar artigos escritos pela Isabel, artigos escritos por nutricionistas, especialistas de diversas áreas para falarem de temas que são pertinentes, que podem ser também temas da atualidade, mas vai ter também artigos escritos pela própria equipa dobem - que é a equipa que já me acompanha há muito tempo. Estamos a falar de um universo de pessoas que são a minha família, não estamos a falar de uma equipa nova de raiz, são pessoas que me conhecem muito bem e que também vivem este estilo de vida.

Acho que nós não podemos dizer que estamos felizes, não é. Ninguém está feliz quando sabe que a nossa liberdade está mais condicionada

De que forma é que este projeto representa um "regresso às origens" para si enquanto jornalista?

Nós vamos ter uma equipa de jornalistas que eu como diretora geral e publisher cabe-me a mim produzir conteúdos e estar em todo o processo editorial da revista, eu juntamente com a minha agência que é a MAGG.

E quem mais estará ao seu lado neste projeto?

Quem estará ao meu lado neste projeto será a MAGG, e quando eu falo na MAGG tenho de falar numa pessoa em concreto que é o meu braço direito, porque é um grande amigo de longa data e é uma pessoa que partilha os mesmos valores que eu no que toca à produção de conteúdos e à forma como esses conteúdos devem ser trabalhados, estou a falar do Ricardo Martins Pereira. Tem um percurso do ponto de vista profissional que eu valorizo muito, é uma pessoa extremamente criativa, com imensa noção de conteúdo digital. E sobretudo ele tem os mesmo valores que eu, é quase um mata e o outro esfola, funcionamos muito bem como equipa. Portanto, toda a parte editorial desta revista vai estar sob a supervisão do Ricardo. Obviamente que eu também vou estar a par, mas ele é o meu braço direito neste projeto dada a experiência que tem e a relação que nós temos.

A verdade é que já existem diversas publicações que abordam temáticas semelhantes à dobem, o que é que a sua revista trará de diferente?

Aqui a grande diferença é que a dobem é semelhante mas não é igual. A dobem vai focar-se em áreas como a alimentação, o desporto e o ambiente mas terá sempre o cunho e o ADN de um pessoa que é a Isabel silva. Vai ter muitos artigos que são artigos de opinião, baseados nas minhas experiência, e depois estamos a falar de uma equipa que vai partilhar conteúdos e falar de temas que fazem parte das suas vidas, porque os praticam. Dentro do universo da alimentação e da atividade física há várias vertentes, há várias formas de estar e de pensar, a dobem tem uma forma de olhar para a alimentação e para o desporto baseado no meu ADN e só aqui está um elemento altamente diferenciador.

É uma revista digital que, ao contrário de todas as outras, e como isto não estou a dizer que é melhor ou pior, está humanizada.

Uma coisa que eu excluí nesta altura de quarentena foram os açúcares refinados, porque são altamente viciantes e retiram energia

Este projeto surgiu como uma forma de se reinventar em tempo de quarentena ou já estava pensado?

Tenho sempre a necessidade de me sentir útil. Houve alguns projetos que eu tinha na gaveta e que, agora na quarentena, vão ter de continuar na gaveta, mas houve outros que, se calhar, agora criou-se uma oportunidade para eu começar a pensar neles e um deles foi esta revista - a dobem. Ou seja, mesmo em época de confinamento eu tentei sempre manter-me ativa.

Aproveito para lhe perguntar, como tem vivido esta fase de quarentena devido à pandemia de COVID-19?

Eu tenho vivido a minha quarentena de uma forma serena e equilibrada. Acho que nós não podemos dizer que estamos felizes, não é. Ninguém está feliz quando sabe que a nossa liberdade está mais condicionada. Não podemos ligar a um amigo e ir jantar fora, não podemos ir ao cinema, não podemos pegar num avião e ir fazer um viagem, não podemos simplesmente ligar a alguém para estar e dar um abraço. Isso por si só já é complicado e nós precisamos disso para sermos felizes... apesar de estarmos agora a desconfinar.

O objetivo nesta quarentena é perceber que vai tudo correr bem, vai tudo passar, mas até isso acontecer temos de nos manter serenos e equilibrados e é isso que eu faço durante a minha quarentena.

É mais difícil estando em confinamento manter as rotinas de treino e a alimentação saudável e equilibrada?

Uma coisa que eu faço na minha quarentena e que funciona muito bem comigo é continuar a manter rotinas. Rotinas que eu sei que me fazem feliz e que me fazem bem. No que toca ao sono reparador e ao desporto, eu pratico sempre desporto de manhã bem cedo e portanto se eu sei que gosto de ver o dia a nascer e começar o dia bem cedo. Para tal, criei uma rotina, uma hora para acordar e uma hora para me deitar. Depois dedico a minha manhã e a minha tarde a projetos profissionais e projetos pessoais, porque também é importante algum descanso.

Outra grande regra é: eu faço todas as refeições do dia e não rato entre as refeições. Isto é muito importante porque quando nós comemos bem estamos mais leves, pensamos melhor e trabalhamos melhor. Depois no que toca à alimentação é continuar a comer normal, de uma forma saborosa, nutritiva, que é isso que continuo a fazer. Uma coisa que eu excluí nesta altura de quarentena foram os açúcares refinados, porque são altamente viciantes e retiram energia. Mas isto é baseado na minha experiência, eu já me conhece, já sei como funciona o meu corpo.

As suas publicações têm no fundo o objetivo de influenciar outras pessoas a ter um estilo de vida mais saudável, preocupado com a sustentabilidade, já teve algum exemplo de um fã / seguidor que tenha sentido que, de facto, conseguiu influenciar de forma positiva?

Sim e sinto isso todos os dias. Aquilo que me fascina é saber que eu estou a produzir um conteúdo que vai provocar um impacto positivo no leitor, esse é o meu objetivo. Não há nada melhor do que nós sermos autores de uma notícia que realmente acrescentou valor na vida das pessoas. Sinto com todas as minhas forças que sempre que consigo equilibrar estes três patamares, comer de uma forma nutritiva, natural, fazer a minha ativida física, dormir bem, ter uma responsabilidade para com os outros e com o planeta isso faz-me sentir tão bem que depois a forma como estou com os outros se reflete. Acho que é por isso que as pessoas se sentem influenciadas. As pessoas conseguem entender que tudo aquilo que eu digo, eu pratico. A verdade é esta.

Fico muito contente quando aquilo que eu faço influencia os outros de forma positiva, mas na verdade o meu grande propósito é estar bem, tenho de estar calma e equilibrada. Se eu cuidar de mim, seguramente vou cuidar bem dos outros. Tudo aquilo que faço na minha vida é para me sentir bem comigo, com a minha consciência... e a verdade é que quando me foco nisso, claramente, já estou a fazer bem aos outros e é isso que me reconforta.

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