Filomena Cautela partilhou na sua conta de Instagram uma troca de mensagens com uma seguidora ucraniana, que vive em Kiev, Ucrânia, e que lhe descreveu momentos de terror que tem vivido.

"Uma rapariga ucraniana que me segue no Instagram a viver em Kiev começou ontem a enviar-me mensagens. Deixo-vos as mensagens até aos últimos 10 minutos", lê-se na publicação.

Eis a conversa:

Seguidora: "Até há pouco tempo, pensava que não era verdade, soava como algo louco. Bombardeiam continuamente. Não sei o que pensar.

Filomena Cautela: Estás bem Alina?

Seguidora: Bem... até agora sim. Disseram na televisão que em uma hora irão haver 18 aviões russos em Kiev. Se bombardearem com força, vamos ter de ir para o abrigo, mas isto ainda não pode ser noticiado, porque está tudo a ser visto e as nossas mensagens estão a ser lidas, tenho tanto medo de escrever alguma coisa... Só posso dizer que bombardearam durante a noite e um pouco durante o dia, foram ouvidos tiros recentemente...

Seguidores (mais tarde): Estamos a ser bombardeados agora".

"O que é que respondo a isto?", questiona Filomena, visivelmente em choque.

Já na legenda da publicação fez o seguinte desabafo: "(perdoem a gramática, mas tudo treme).

O mundo assiste impávido à guerra e à morte. O mundo assiste impávido à instalação de mais uma ditadura. Partilho isto aqui porque não fazer nada, e deixar que isto seja só uma tendência das redes sociais, não pode ser uma opção. Ninguém quer uma guerra mundial, mas existem várias estratégias. Que sejam seguidas agora. Já estamos atrasados".

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