Apesar dos apelos ao boicote de figuras públicas como Brian Eno, Wolf Alice e Roger Waters, antigo membro dos Pink Floyd, Madonna vai mesmo cantar na final do Festival Eurovisão da Canção de 2019, que se realiza no próximo sábado, na Expo Tel Aviv, em Israel. Depois dos atrasos na assinatura do contrato que permite a atuação da cantora, a intérprete de êxitos globais como "Like a prayer" confirmou ontem a sua presença.
"Nunca deixarei de atuar para promover o programa político de quem quer que seja nem de me expressar contra as violações dos direitos do homem onde quer que elas se verifiquem", assegura Madonna, antecipando as críticas que podem advir pela sua presença em Israel, país que tem ocupado colonatos em território da Palestina. O conflito arrasta-se há várias décadas e não para de fazer vítimas, muitas delas civis.
"O meu coração parte-se sempre que tenho conhecimento que se perderam vidas inocentes e [sempre] que ouço falar da violência que é, muitas das vezes, exercida para satisfazer as pretensões políticas dos que tiram proveitos deste conflito antigo. Rezo para que, brevemente, nos possamos livrar deste terrível ciclo de destruição, inventando um novo caminho para a paz", disse em declarações à agência Reuters.
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