Tem uns olhos verdes lindos e um sorriso encantador. Estreou-se na série televisiva “Diário de Sofia” em 2004, e desde aí nunca mais deixámos de a ver na televisão. Apresentadora e atriz, Raquel Strada gosta mesmo do que faz: comunicar. A morar com o namorado desde os 21 anos, o seu maior sonho é fazer uma viagem à volta do mundo.

No dia em que se estreou como manequim, no desfile da Rip Curl, foi surpreendida com um ramo de flores e um beijo apaixonado do seu namorado. Foi o momento mais embaraçoso que já viveu?

Ele não é muito dado a manifestações públicas de carinho, mas naquele dia fez sentido. Eu já tinha o desfile marcado há um mês, e duas semanas antes alteraram a data para a véspera dos meus anos. E proporcionou-se a surpresa... fiquei um bocadinho envergonhada sim, mas também foi muito romântico.

O João Brilha é um namorado romântico. Faz-lhe muitas surpresas?

Algumas. Uma das mais engraçadas foi quando me ofereceu um par de peúgas, com dois bilhetes para Londres lá dentro. Não fazia a mínima ideia que lá estivessem dentro dois bilhetes de avião. Foi um presente bastante original.

Foi o seu namorado que a inscreveu para a apresentação de “Curto Circuito”, programa que marca o início da sua carreira como apresentadora. O seu namorado é muito protetor, ou, pelo contrário, é um incentivador?

Ele incentiva-me imenso. Foi o grande impulsionador da minha carreira enquanto apresentadora. Eu era um bocadinho envergonhada, e não achava de todo que o meu futuro passasse por esta área. Mas ele fez-me ver que, se calhar, seria um caminho, através do qual eu me sentiria realizada.

A sua estreia como atriz foi em 2004 no “Diário de Sofia”, ano em que também apresenta “Dá-lhe Gás” com Diogo Morgado. Foi um bom começo?

Foi um excelente começo. Fazer programas para um público mais jovem, e ainda por cima com a ajuda de grandes profissionais como o Diogo e a Joana, só pode ser bom. Além disso, tínhamos público no estúdio. Era uma adrenalina fantástica.

Logo a seguir faz parte dos elencos de “Floribella” e “Rebelde Way”. Gosta de representar?

Gosto. Mas tenho a perfeita noção que sou muito mais uma comunicadora, do que atriz. Respeito muito o trabalho dos atores, e acho que para me aventurar noutra coisa do género, preciso de estudar e aprender muito.

Também tem feito diretos para alguns programas da SIC. O que acha que é mais a sua cara: apresentar ou representar?

Gosto essencialmente de comunicar. Quer através da televisão, da escrita ou mais recentemente da rádio.

Mora com o João desde os 21 anos. Agora que tem 28, ainda pensa casar e ter filhos até aos 30?

... risos. Não sei. Estou a viver um dia de cada vez. Um dia, que nos apeteça aos dois dar esse passo, vamos dar.

É filha única e assume que foi toda a vida muito mimada pelos seus pais. Também quer, como quase todos os filhos únicos, ter muitos filhos?

Sim, claro. Tudo o que eu pedia até aos 12 anos era um irmão. Quero dar essa alegria aos meus filhos e à minha família.

Já conseguiram arranjar uma cadelinha para fazer companhia ao Calvin?

Ainda não. Cada vez que tentamos levar alguma cadela para passar o dia com ele, ele refila. Já está velhote, e acho que não lhe apetece fazer novos amigos. Quer é sossego, por isso desistimos. Um dia, mais tarde, pensamos nisso.

Continua a ser muito requisitada para eventos de moda. Acha que isso tem a ver com o seu bom gosto?

Não sei, acho que não sou a melhor pessoa para responder a isso... Mas gosto muito de trapinhos. Sempre gostei.

Quando era pequenina queria ser jornalista ou escritora. Não fugiu assim tanto como isso. Está no meio da comunicação. Está grata à vida?

Sou muito feliz quer na rádio (na SWTMN) quer na SIC. Acho que só posso agradecer o que a vida me proporcionou até agora.

Já conseguiu resolver no tribunal o caso das fotografias manipuladas num telemóvel roubado?

Ainda não. A nossa legislação em relação à internet e a fotografias tiradas em espaços públicos, é muito dúbia. É esperar…

Qual é o seu maior sonho?

Fazer uma viagem à volta do mundo, se é para sonhar é para ser à séria!

Não resiste a quê?

Hambúrgueres.

Tem algum vício?

O Facebook.

Tem mau feitio?

Quando acordo, muito.

Seria capaz de perdoar uma traição?

Não sei, depende da situação. Nunca passei por isso para conseguir dar uma resposta honesta.

O que não suporta nos outros?

O egoísmo.

Qual é a sua melhor qualidade?

A paciência.

É vaidosa? Demora quanto tempo a sair de casa?

Sim. Mas arranjo-me depressa. Em 20 minutos estou pronta.

Como imagina a sua vida daqui por dez anos?

Não sei como vai ser, sei como é que eu gostava que fosse: Com a minha família, e a trabalhar naquilo que gosto. Na televisão e na rádio.

Onde vai de férias este ano?

Não vou. Este ano, não há férias para ninguém.

É feliz?

Claro.

(texto: Palmira Correia)