É a escritora que mais vende em Portugal. Já ultrapassou o número mágico (um milhão!) e confessa que gosta de todos os livros que escreveu, mas o ‘Diário da Tua Ausência’ é especial porque quando o escreveu estava imbuída de um estado de espírito muito especial. O seu maior sonho é ver o filho realizado e feliz e a maior ambição envelhecer com graça sem perder a frescura. O décimo oitavo livro de Margarida Rebelo Pinto já vem a caminho
O ‘Sei Lá’ saiu em 1998 e no mesmo ano saiu a biografia de Herman José, ‘Herman Superstar’. Seguiram-se ‘Não há Coincidências’, ‘Crónicas da Margarida’, ‘Alma de Pássaro’, ‘Artista de Circo’, ‘I’m in Love with a Pop Star’, ‘Nazarenas e Matrioskas’, ‘Pessoas Como Nós’ e ‘Diário da Tua Ausência’, do qual também gravei um audiolivro, e ‘Vou Contar-te um Segredo’. Em 2007, um mês depois do AV que sofri, publiquei o primeiro livro infantil, ‘A Rapariga que Perdeu o Coração’. E depois ‘Português Suave’, ‘O Dia em que te Esqueci’, ‘Onde Reside o Amor’, ‘Gugui o Dragão Azul’ e ‘A minha Casa é o Teu Coração’.
Mais de um milhão.
Demora muito tempo a desenvolver, embora a ideia de base surja de repente. Tem maturação de pelo menos um ano, mas pode ter mais. Tenho projectos na gaveta com seis e dez anos que ainda não concluí.
A Patrícia Reis, escritora.
Estou sempre apaixonada, não é isso que me catalisa ou atrasa o processo de escrita: são as questões do dia-a-dia. Se estiver muito absorvida com elas, escrevo menos.
Às vezes, mas não é regra. Absorvo muito daquilo que vejo e oiço à minha volta, tenho sempre o radar ligado. As minhas personagens são sempre misturas de várias pessoas que conheço, às vezes é um cocktail-molotov.
Já fui mais. Sonho sempre, amor sem sonho não é amor. Mas já não levanto voo, tenho sempre os pés no chão. A vida fez de mim uma pessoa mais pragmática.
Namorar.
Conversar, rir, passar férias.
Saiba mais na próxima página
Na Costa Alentejana e fora de Portugal.
Quase todos. Ou vou ao ginásio ou faço caminhadas junto ao mar.
Ver o meu filho realizado e independente quando chegar à idade de o ser.
Envelhecer com graça sem perder a frescura.
É a gratidão diária e continuada por tudo o que temos e que conseguimos alcançar. E acreditar que podemos e que conseguimos sempre ser pessoas melhores.
Paris e Lisboa.
Nepal, Butão e Sri Lanka.
Sempre. Escrevo muito em viagem e muito a seguir, depois do regresso.
Estou. Penso que o modelo em que vivemos vai acabar. E preocupa-me a incidência cada vez maior de desastres naturais. O mundo está a mudar muito depressa.
Por enquanto não, mas se isso acontecer, é apenas um reflexo da realidade em que vivemos.
Da mesma maneira que eu faço; abro um livro qualquer numa página ao acaso e sinto imediatamente se a leitura me prende ou não. Já descobri grandes escritores assim.
Gosto de todos, mas o ‘Diário da Tua Ausência’ é especial porque quando o escrevei estava imbuída de um estado de espírito ao qual penso que nunca mais vou voltar.
Talvez Yourcenar, porque é muito completa. Mas é redutor, tenho vários de que gosto muito.
James Franco e Edward Norton, Natalie Portman e Cate Blanchett. Entre os portugueses,Pedro Granger e Ivo Canelas.
Ainda é segredo. Tenho quatro projectos em cima da mesa e estou a trabalhar em dois deles.
(Texto: Palmira Correia)
(Foto: Carlos Ramos)
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