O mais romântico dos cantores franceses, Charles Aznavour, não se deixa acabrunhar pelos 84 anos de idade. O "monstro sagrado" acaba de lançar um duplo CD em que interpreta 26 duetos com 17 outros cantores internacionais.
Nascido em Paris numa família arménia, Aznavour continua a trabalhar diariamente no seu escritório-estúdio da Rue Ampere, no centro de Paris. Foi aí que idealizou este último disco, "Duos", acabado de lançar em França e com distribuição europeia a partir do dia 17.
No duplo álbum, Charles Aznavour canta com estrelas internacionais de todos os estilos: Sting, Céline Dion, Julio Iglesias, Plácido Domingo, Laura Pausini, Elton John, Brian Ferry e Liza Minelli, entre outros. Em apenas três casos os duetos são "virtuais": o cantor usou gravações de Edith Piaf, Frank Sinatra e Dean Martin, já falecidos, sobrepondo depois a sua própria voz em estúdio.
Cantor, actor e escritor, Aznavour mantém o seu estilo directo. Quando, há dias, um repórter do jornal "El Pais" lhe perguntou que conselho daria aos jovens que começam na música, respondeu: "Se puderem, dediquem-se a outra coisa. É uma profissão muito dura. O princípio é terrível. Em cada 15 que começam, só um fica. Há mais coisas para fazer na Terra. Se voltasse a nascer, não seria cantor".
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