Muitas vezes aquilo que pensamos que vamos seguir enquanto profissionais, acaba por se revelar diferente no futuro. Cristina Ferreira foi um destes casos. A apresentadora estudou para ser jornalista, mas quis o destino que seguisse outro caminho.

Recentemente, a parceira de Manuel Luís Goucha fez uma reflexão sobre isto e partilhou-a com os leitores do seu blogue:

“Tirei o curso de Ciências da Comunicação e, durante muito tempo, pensei ser jornalista. Foi na própria Universidade que percebi que o jornalismo era sério de mais para mim. O Pedro Pinto, hoje meu colega de estação, foi meu Professor e deu-me o exercício que mais me lembro até hoje. Tínhamos de fingir que éramos repórteres de guerra e, estávamos em direto, a reportar o que tínhamos visto”, começa por afirmar.

“Sei que recebi vários elogios nesse dia porque tinha falado de pessoas e para as pessoas. Até hoje. São as pessoas, as histórias, a vida, que mais me interessa. Fiz o estágio na RTP, no programa regiões, e foram três meses de profunda felicidade. Porque este era o programa das histórias pequeninas mas, das grandes estórias. Já nessa altura era preciso fazer grande. No Domingo, ao ver a reportagem da Ana Leal, “minutos de mim”, tive saudades do jornalismo. Quis ser eu a estar lá, a ir à procura, a ouvir. Sem vestidos de palco ou limites de tempo. Os escutados eram gente só, ou sozinha. Gente que não larga a terra, que se alimenta de pouco, de pouco mundo, mas muita vida, sem pressas”, acrescenta.

E termina:“Às vezes gostava de voltar a ser jornalista”.