André Filipe, concorrente expulso do programa 'Big Brother - A Revolução' depois de ter tido um episódio psicótico que o levou a ser internado no hospital, esteve esta segunda-feira no programa 'A Tarde é Sua' para uma entrevista exclusiva com Fátima Lopes.

O ex-concorrente do reality show da TVI voltou a falar sobre o momento delicado que viveu após abandonar o 'Big Brother'.

"Foi muito complicado para mim estar sem dormir e sentir a pressão do programa. Eu pensava que estava de uma determinada maneira e cá fora as pessoas estavam a ver de outra maneira", começa por contar o jovem ator, que diz ter estado 10 dias sem dormir.

"Nunca tive problemas de saúde mental, até renegava tudo o que era comprimidos e neste momento estou a dar o rosto pela saúde mental. Foi muito difícil ter de sair do 'Big Brother' e ir para uma ala psiquiátrica", realça, confessando que o seu internamento o levou a um dos momentos marcantes da sua infância: o internamento da mãe naquela mesma ala psiquiátrica. "Foi muito duro, já pensava que estava a passar uma linha da vida real", diz.

Com a presença em estúdio de um especialista, foi explicado no programa que o que aconteceu a André se tratou de um episódio psicótico e não de um surto psicótico. "Quando estive no Hospital de São José tiveram de me amarrar à cama, eu ouvia a voz do 'Big Brother'... Foi horrível, foi horrível", revela, dando conta que tem agora noção que mesmo depois de abandonar o programa achava estar ainda em jogo e sem noção da realidade.

Numa conversa marcada pela emoção, André Filipe lembrou ainda a infância difícil que viveu. As discussões dos pais, as tentativas de suicídio de ambos e a força que a sua cadelinha de estimação lhe deu para ultrapassar este período delicado. O jovem, agora com 25 anos, conta que chegou a ter de ligar para o hospital, ainda em criança, por ver a mãe caída na cama depois de ter tomado diversos comprimidos.

Agora, André Filipe diz estar a recuperar e a sentir-se melhor a cada dia. O ex-concorrente do programa 'Big Brother' é agora acompanhado por psicólogos com consultas marcadas a cada dois meses.

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