Na semana passada, Ana Rita Clara fez uma publicação no seu blogue onde falou da forma como conciliava todos os seus deveres do dia a dia com as obrigações como mãe do pequeno Caetano. No entanto, a perspetiva da apresentadora não foi bem recebida pelas suas leitoras, que desde logo argumentaram que a realidade vivida por Ana não era comum à de todas as mulheres.

No dia em que o filho completou quatro meses de vida, Ana fez uma publicação nas suas redes sociais, onde comentou o assunto.

“Hoje o meu filho Caetano celebra 4 meses de vida. 4 lindos e intensos meses de Amor, de mudança, de emoção, de entrega, de aprendizagem e de crescimento juntos. A maternidade transformou-me intensamente, fazendo com que as prioridades se tenham alterado - agora dou valor ao que realmente importa e o meu dia tornou-se ainda mais longo”, reflete.

Perante os comentários de que teria alguém para a ajudar nas tarefas, a apresentadora sublinhou: “Sim, também tenho a sorte e a possibilidade de ter quem me ajude, uma mãe e uma família sempre presente e que me apoia, que me permite viver como pretendo e também me esforço para que seja essa a realidade”. Mas realça: “E sim, as rotinas diárias de alimentar, trocar fraldas, dar banhinho, tratar das roupas, cortar as unhas e ver a cor dos cocós também acontece cá em casa. Para além do primeiro mês com cólicas, noites sem dormir, limpar o narizinho porque se constipou com este frio, organizar jantares para a família e continuar a fazer o meu trabalho e todos os projetos em simultâneo nunca será simples”.

Ana garante que é uma “mulher completa e feliz” na suas opções: “Sou uma mulher de armas e tento ser uma super mulher todos os dias”.

No entanto, não deixa de mostrar a sua tristeza perante os comentários que recebeu: “Dei por mim a rever as palavras que me deixaram. Mulheres que, tal como eu, vivem o dilema entre continuarem a fazer as suas vidas, a serem elas próprias e a educar e criar os seus bebés, crianças e jovens. E havia algo que não me saia da cabeça. Como podemos nós ficar admiradas, com as resistências à igualdade entre os géneros que existem ainda nas nossas sociedades, se, na nossa dimensão, somos as primeiras a atirar críticas e a fazer considerações?”, questiona.

“Acredito que a mulher atual é melhor do que isso. Pelo menos é isso que defendo, que considero importante que passemos aos nossos filhos e às gerações do futuro. Talvez não seja ainda agora o momento em que aceitamos que “outros” possam ter “outras” realidades”, responde, deixando um apelo final a toda a população feminina: “Mulheres. Deixemos de viver desunidas, com constantes juízos de valor, críticas e julgamentos. Afinal, somos todas iguais com as suas diferenças. Todas vivemos as mesmas inquietações, alegrias, medos e aquela esperança, de que amanhã tudo seja sempre melhor. Chegou o tempo de valorizarmos essa diferença, de crescermos umas com as outras e de nos respeitarmos”.

Veja a publicação completa: