Enquanto Cristiano Ronaldo continua a viver a sua vida normalmente, as investigações relativas à acusações de que foi alvo por parte de Kathryn Mayorga continuam. Se bem se recorda, a norte-americana de 35 anos alega que foi abusada sexualmente pelo craque português em 2009, num hotel em Las Vegas.

Ora, o jornal Der Spiegel revela ter tido acesso a uma série de novos documentos relativos ao caso, através do site Football Leaks.

De acordo com a publicação, esses documentos mostram quais dos advogados de Ronaldo criaram e reviram as declarações do jogador em relação ao que aconteceu naquela noite. Esses papéis, garante o jornal, poderão ser decisivos para a investigação policial.

A peça chave trata-se de um questionário de 41 páginas feito pelos advogados de Cristiano da firma Lavely & Singer, localizada em Los Angeles, para perceberem o que se terá passado. Esse questionário terá sido depois enviado para o advogado de defesa de Cristiano Ronaldo, em Londres e para Carlos Osório de Castro, do Porto, que também representa o atleta.

Ora, segundo consta, existem duas versões do questionário: a primeira de setembro e a segunda de dezembro de 2009, traduzida, alegadamente, por Osório de português para inglês.

As diferenças nas respostas

O Der Spiegel garante assim que existem diferenças nas respostas que podem ser lidas em ambas as versões do referido questionário.

À questão: “O que foi dito por ti e pela Sra. C (Kathryn)?”

Versão de setembro: "Ela disse-me que não era apropriado ter sexo, pois tinha acabado de me conhecer. Mas mesmo assim, ela agarrou no meu pénis".

Versão de dezembro: “Ela agarrou no meu pénis”.

Relativamente à descrição da relação sexual, ambas as respostas também diferem. Na versão de setembro Ronaldo terá afirmado que “ela disse que não queria, mas que se mostrou disponível” e que “dizia continuamente não, porque não era como as outras”. No fim, Cristiano garante ter pedido desculpas.

Por seu turno, na versão de dezembro afirma que Kathryn “não se queixou, não gritou, nem pediu ajuda”.

À questão: “A Sr. C elevou a voz ou gritou?"

“Ela disse que não e para parar várias vezes”, lê-se na versão em setembro e apenas “não” na de dezembro.

Ronaldo já comentou o caso negando todas as acusações feitas até ao momento.

Os advogados referem que os documentos foram "alterados" e "completamente fabricados" tendo em conta a sua origem duvidosa, que é como quem diz, através de hackers.