Chegaram, viram e (con)venceram. Dennis Schmoltzi e Manuel Müller fundaram a Emma em 2015. Em pouco mais de três anos, venderam 300.000 colchões em 20 países e receberam mais de uma dezena de prémios e distinções, como é o caso do selo "Melhor do Teste", atribuído pela Deco Proteste, em Portugal, em dois anos consecutivos. Em França e no Reino Unido, a empresa que vende colchões em caixas já é líder de mercado.
Um produto inovador e uma forma original de o vender são a chave do êxito da companhia. Com uma cobertura respirável, um ponto de espuma elástica com tecnologia Advanced Airgocell, uma camada espuma de memória intermédia que reduz a pressão, com um revestimento de espuma fria na zona de descanso dos ombros e uma capa robusta com alças, o colchão Emma Original, o único disponível em Portugal, é um êxito.
Apesar de poderem ser adquiridos em 525 lojas em várias partes do mundo, como é o caso das superfícies comerciais El Corte Inglés em território nacional, a estratégia da empresa alemã passa por convencer os consumidores a comprá-los online através de um processo fácil e intuitivo. Além de os receberem em casa numa embalagem retangular no prazo máximo de três dias, a marca permite que os experimentem gratuitamente durante 100 noites. Se passado esse tempo não se adaptarem, podem devolvê-los sem custos adicionais e recuperar o dinheiro investido.
O colchão de casal custa 600 € e o individual 349 € e, tanto num caso como noutro, a companhia oferece 10 anos de garantia. Desde que a empresa foi criada, mais de 14 milhões de visitantes únicos entraram no site da marca. "Entre 2015 e 2017, crescemos 14.315%", afirmou Philipp Burgtorf, diretor comercial da Emma, durante a apresentação do novo logotipo e da nova estratégia de marketing e comunicação no imm Cologne.
A marca germânica aproveitou a presença naquela que é uma das mais importantes feiras de mobiliário do mundo, em Colónia, na Alemanha, onde o Modern Life/SAPO Lifestyle esteve a convite da empresa, que em 2018 ganhou o prémio de startup tecnológica que mais cresce na Europa, para anunciar novidades. "Nós não mudámos as necessidades dos consumidores. Estivemos foi mais atentos a elas", justificou.
Em Portugal desde 2017, a Emma, que este ano vai investir 25 milhões de euros em publicidade e comunicação, repartidos pela televisão e pelos meios digitais, o volume de negócios não é grande mas a quota de mercado tem vindo a aumentar, apesar da possibilidade de compra de um colchão online ser uma coisa que muitos portugueses, mais habituados a irem experimentá-los às lojas físicas, ainda estranham.
"Ainda estamos a educar o consumidor", afirma Filipa Guimarães, diretora executiva da marca para o mercado ibérico, que trocou Portugal pela Alemanha para trabalhar com a marca. Ainda assim, os que arriscam mostram-se satisfeitos. "A taxa de devolução na Península Ibérica é de 5%. Nos outros países, ronda os 7%", revela a responsável. Os colchões devolvidos são oferecidos a instituições de solidariedade.
"Nunca iríamos revender um colchão usado", assegura Filipa Guimarães. Apesar de integrar vários modelos no portefólio, em Portugal, o único que está à venda em Portugal é o Emma Original. "Foi o que ganhou o prémio [da Deco Proteste], é o que as pessoas querem", justifica. Disponibilizar alguns dos outros está, neste momento, fora de equação. Ainda assim, antes do fim do mês, vão chegar novidades ao mercado.
"Vamos lançar um colchão para bebés, uma nova almofada e um topper", anuncia a diretora executiva. Em meados do ano, passarão a estar disponíveis outros produtos. "Vamos ter uma coleção de lençóis porque é muito difícil encontrar lençóis de dois por dois [metros] à venda. É uma coisa que as pessoas nos pedem muito", esclarece a portuguesa. No futuro, algumas das referências poderão vir a ser fabricadas em Portugal.
"Nós temos parcerias exclusivas com fabricantes. Não produzimos nada mas a investigação e as diretrizes são nossas. Andamos à procura de fornecedores na Europa do Sul e essa é uma questão que está em aberto", assume Filipa Guimarães. Austrália, China, Irlanda e Polónia são alguns dos novos mercados confirmados para 2019. "O México também é uma possibilidade", confirma ainda a diretora executiva portuguesa.
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