São 45 artistas que se multiplicam em diversas obras, com histórias diferentes expressas em materiais tão diversos como o têxtil, a cerâmica, a madeira, as fibras naturais ou o vidro. Deste universo de artistas e artesãos, 38 pertencem à Portugal Manual e sete são novos artistas encontrados através da open call, lançada por esta rede portuguesa, em conjunto com o Freeport Lisboa Fashion Outlet.
"Estamos a apoiar o melhor do artesanato contemporâneo e a oferecer mais um motivo para os nossos convidados nos visitarem, acrescentando outra camada de interesse que é revestida de um enorme valor cultural", diz Catarina Tomaz, diretora de marketing da VIA Outlets em Portugal.
Esta é mais uma aposta dos centros no universo artístico: recorde-se que os centros Freeport Lisboa e Vila do Conde Porto Fashion Outlets têm um histórico de apoio e promoção da arte dentro dos seus espaços comerciais, da ilustração à fotografia ou instalação, dando especial relevância à produção nacional e local. A exposição Contra/Tempo surge, assim, como mais uma oportunidade para o centro servir de plataforma de encontro, entre o público, os artistas e a sua arte.
Da escultura têxtil de Vasco Águas, à portugalidade revisitada do duo Oficina Marques (expressa em esculturas e painéis de madeira e, até, em cerâmica) passando pelo trabalho em gesso de Iva Viana, ou pela escultura poética inspirada na cestaria do Atelier Balancé de Ysaline Ophoff – a mosta Contra/Tempo cruza diversas disciplinas e saberes. A Dupla Macheia, por exemplo, trabalha objetos-história partindo de algas, fibras naturais ou até pele, e o design de produto de Eneida Lombe Tavares aproxima os continentes europeu e africano, através de técnicas ancestrais. Na exposição, marcam presença ainda peças da artista plástica Sofia Caldas, fundadora da AVO, que cria e pensa o mundo através da chapelaria.
Um convite para entrar num novo universo
Estes são apenas alguns dos artistas a encontrar na mostra que conta histórias e é testemunho da dedicação e esforço implicados na produção feita à mão. "A mostra é também o convite a uma reflexão sobre a importância do tempo na produção cultural. Convidamos cada visitante a entrar e a desacelerar, permitindo que cada um se desligue da velocidade do mundo lá fora e se conecte a um novo universo, calmo e contemplativo, cá dentro" explica Filipa Belo, da Portugal Manual.
A exposição Contra/Tempo acaba por ser não só uma celebração da produção artesanal, como também da própria Portugal Manual que assinala o sexto ano de vida.
A história da Portugal Manual remonta a 2018, altura em que a empreendedora Filipa Belo a fundou de forma a promover o artesanato contemporâneo, reunindo mais de uma centena de projetos. Desde então tem trabalhado com reconhecidas e variadas entidades: do Centro Cultural de Belém, ao Turismo de Portugal ou A Vida Portuguesa. Este ano, a empreendedora foi ainda convidada a participar no Guia da Cidade de Lisboa, da série de guias de viagem editados pela Louis Vuitton.
A exposição já tem portas abertas e pode ser visitada de terça a domingo até ao dia 31 de janeiro, sendo a entrada livre.
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