Assumem-se como um verdadeiro dois em um. «A Mateus oferece-lhe o melhor de dois mundos», pode mesmo ler-se no site da empresa. De Portugal, onde as cerâmicas têm uma tradição enraizada, veio o conceito que Teresa Mateus Lundahl desenvolveu na Suécia, «onde o interesse pela moda e pelo design é generalizado», justifica a empresária. «É a combinação ideal», pode ler-se. Todas as peças são feitas e pintadas à mão e não há duas peças exatamente iguais.
O que é a marca Mateus?
O conceito da cerâmicas Mateus é o encontro entre o artesanato português tradicional e o design contemporâneo. A Mateus dispõe de uma vasta coleção de serviços de mesa feitos e pintados à mão, numa variedade mágica de diferentes estilos, formas e cores. É um design com influências do mundo da moda que aconchega e dá calor à casa e mesa.
O que a torna diferente de todas as outras marcas de cerâmica?
As cerâmicas Mateus representam sentimentos e a arte de decorar a mesa dá mais alegria à nossa vida. São cor e dão-nos a oportunidade de fazer uma mesa que esteja de acordo com a nossa personalidade e estado de espírito.
Como é que tudo começou?
Fui viver para a Suécia quando conheci o meu marido. Queria manter-me perto das minhas raízes portuguesas e da sua tradição ceramista, mas conferindo-lhes um toque de moda e modernidade. E foi por isso que criei a minha empresa, a Mateus.
Como definiria o estilo da Mateus?
Uma marca de luxo informal a vários níveis. Dá-nos ideias, inspiração, faz-nos sonhar e fantasiar os sentimentos que gostaríamos de levar para casa para iluminar o nosso dia a dia e, também, aquela ocasião especial. Queremos tornar a mesa mais agradável e, sobretudo, torná-la nossa!
Qual o futuro para a marca?
Espero que consigamos levar as nossas cerâmicas ainda a mais países.
Qual a sua formação e como foi começar a Mateus?
Como cresci em Portugal, foi para mim natural conjugar o artesanato português antigo com a minha própria experiência do mundo da moda, com especial ênfase no aspeto exterior e no design. Queria retirar a arte ceramista do seu papel tradicional de peça de exposição e transformá-la em obras de arte aplicada que se pudessem ir alterando ao sabor da moda. Ao longo dos anos, o número de peças, cores, formas, design e ornamentos foi-se multiplicando. Todas as peças são feitas e pintadas à mão e não há duas peças exatamente iguais.
Se a Mateus fosse um sítio, qual seria?
Uma praia de areia branca à beira das ondas do oceano Atlântico.
O que a inspira?
Viajar, ouvir as pessoas que nos rodeiam, curiosidade no mundo à nossa volta…
O que está por detrás de cada peça?
Inspiração em tudo o que vejo pelo mundo fora. Cores, formas, ideias… E a vontade de fazer objetos que tornem a nossa vida mais alegre.
Qual a sua peça preferida?
A nossa nova coleção Bubbles, que foi desenhada pela minha filha Filipa.
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Três conselhos para uma mulher que queira ser empreendedora?
Em primeiro lugar, deve seguir o coração e os nossos valores, e a vida nos tratará bem. Depois, não esquecer que uma boa ideia só será realmente boa se se apoiar num planeamento eficaz e em muito trabalho. E, finalmente, nunca ter medo.
Uma citação que a tenha marcado?
Uma citação de um monge que tive a honra de conhecer no Butão. «Sê gentil e generosa, pois a bondade e a generosidade são o combustível para ultrapassar as dificuldades da vida», disse-me.
Um livro a não perder?
«Belle du Seigneur» de Albert Cohen.
Quem é o seu estilista de eleição?
Se falamos de moda, Lanvin.
Qual o seu heroi preferido?
O meu pai, que me ensinou a disciplina. A minha mãe, que me ensinou a ser curiosa sobre tudo na vida. O meu marido, que me apoiou sempre em todos os meus projetos loucos...
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