O cupressocyparis leylandii é uma conífera de folha verde escura escamiforme e de crescimento muito vigoroso. Em média, pode crescer cerca de um metro por ano e, se não for podada, pode atingir mais de 20 metros de altura. A maioria das pessoas opta, habitualmente, por esta planta quando precisam de uma sebe que cresça o mais alto e o mais depressa possível ou quando necessita de uma sebe já formada e com vários metros de altura.
O cupressocyparis leylandii é um híbrido natural do cupressus macrocarpa e da chamaecyparis nootkatensis, ambas originárias da América do Norte. Foi criado no Reino Unido, no fim do século XIX. Esta conífera é frequentemente utilizada para formação de sebes altas, com mais de três metros, normalmente com o objetivo de servirem como cercas de proteção ou cortinas de vento em jardins grandes, propriedades rurais ou quintas.
Podem também ser utilizados para esconder algum edifício ou estrutura desagradável e abafar ruídos. Apesar do cupressocyparis leylandii poder adquirir facilmente qualquer forma e qualquer dimensão, desde que o conduzamos nesse sentido logo desde pequeno, tem de se ter muito cuidado quando se plantam em pequenos jardins para que este não cresça de uma forma selvagem e desproporcionada. Esse é um risco efetivo, pelo que a sua plantação e desenvolvimento devem ser acompanhados de muito perto, idealmente por profissionais especializados.
Em termos de conselhos de plantação a ter em conta no quotidiano, os cupressocyparis leylandii toleram uma grande variedade de solos e de climas mas, na realidade, preferem solos bem drenados. Para prevenir doenças e promover o crescimento saudável o jardim deve ter regas regulares nas estações mais quentes ou preferencialmente sistema de rega automático. Dão-se mal com o calor extremo mas necessitam de uma boa exposição solar.
O compasso de plantação pode variar consoante a dimensão das plantas, a altura máxima pretendida ou a função desejada, como sublinham os jardineiros profissionais. Os cupressocyparis leylandii têm uma grande vantagem relativamente a muitas outras sebes porque encontram-se facilmente nos centros de jardinagem. Habitualmente, apresentam medidas que oscilam entre 80 centímetros e quatro metros de altura.
Os cuidados de poda exigidos
Para constituir sebes densas com cerca de três a quatro metros de altura, aconselha-se uma distância entre plantas de cerca de um metro por metro e meio. Os preços médios para as plantas mais vendidas são, em média, de 12 € para plantas em vaso de cinco litros com cerca de um metro de altura, 35 € para plantas em vaso 15 litros com 1,75 a dois metros de altura e 55 € para plantas em vaso de 30 litros com dois a três metros altura.
Tal como sucede com a maioria das sebes, se o objetivo é criar uma barreira impenetrável tem de aparar as plantas com regularidade para manter a base densa duas vezes por ano, pelo menos. Se a ideia é, em contrapartida, criar uma vedação alta para conferir privacidade ou esconder algum edifício, então pode deixar crescer livremente tendo em atenção que o crescimento em altura implica um desenvolvimento proporcional em largura e pode não haver espaço para tal. Dado o seu rápido crescimento é muito frequente os cupressocyparis leylandii ficarem grandes de mais. Nestes casos, deve fazer uma poda mais radical.
Reduza, para isso, a planta em um terço do seu tamanho, no máximo. Se as plantas forem saudáveis e se o corte for realizado no início da primavera, em princípio as plantas respondem bem ao corte. Nestes casos em que se deixam crescer demais, os cupressocyparis leylandii podem acabar por ficar despidos em baixo e com os troncos visíveis perdendo assim a sua forma e parte da sua beleza porque nunca mais voltam a rebentar do tronco.
Doenças e outras ameaças comuns
Quando as plantas são regularmente sujeitas a adversidades como carência de nutrientes por falta de adubação, corte com lâminas contaminadas, pouca drenagem, falta ou excesso de água, os cupressocyparis leylandii podem ficar vulneráveis a ataques fúngicos sendo o mais comum a phytophthora. Nestes casos, deve realizar tratamentos com produtos fitofarmacêuticos
com a substância ativa Fosetil-Alumínio.
Um daqueles a que pode recorrer para os prevenir e/ou combater é, por exemplo, o Alliette-Flash da Bayer, apesar de existirem outros de outras marcas à venda no mercado. Dependendo da dimensão da planta e do terreno que possua, pode fazer uma rega no pé utilizando cerca de 10 gramas de produto por metro quadrado no terreno, uma vez por mês, durante o período de maior sensibilidade das plantas, que é a fase mais crítica.
Texto: Tiago Veloso (engenheiro florestal)
Comentários