1 a 7 de Junho (Parte 1)

Conforme prometido, irei agora falar sobre as tensões geradas pelas dinâmicas entre os Números em trânsito ao longo deste mês. As dificuldades resultantes dessas tensões guardam em si mesmas as chaves que abrem as portas das soluções criativas, dos relacionamentos correctos e adequados para uma boa convivência familiar e social.

Assim observámos até dia 7 de Junho uma forte tensão gerada pelo regente dessa semana numerológica (Número 16) em trânsito com o regente numerológico do mês que é exactamente igual. (Isto repete-se todos os meses: o período de 1 a 7 de cada mês é sempre regido pelo mesmo Número que rege o mês).

Os dois Números 16 formam uma tensão em oposição gerada pela linha imaginária que une estas duas forças, por isso é natural que tenhamos sentido um aperto, uma vontade de escapar, de rebentar, de entrar em ruptura, de nos rasgarmos por dentro, em processos mais ou menos dolorosos, dependendo da consciência de cada um.

Se para uns o processo foi um pouco menos denso, para outros foi extremamente difícil e desencorajador. Todavia, não é de todo essa, a proposta da Numerologia. O que está em causa é compreender esta espécie de oposição, neutralizando-a com o nosso pensamento construtivo, com o poder da mente criando novos hologramas onde possamos experimentar-nos em diferentes vibrações entoadas pelos acordes amorosos e compassivos do nosso coração luminoso e consciente.

Se adicionarmos os dois Números 16, obteremos o Número 32, cuja redução é 5 e é aqui que se encontra uma das chaves codificadas para obtenção de orientação, criação de soluções firmes e integradas, capazes de regenerar e resgatar os nossos piores temores.

O 5 é um Número que pede alteração e mudança daquilo que está a impedir e a limitar a nossa capacidade de ser e assumir a nossa verdade. É preciso ser muito criativo, imaginativo, versátil, inteligente e sensível para dar um novo rumo à nossa vida.
Portanto, aquilo que nos está a ser pedido, é que deu esse passo em frente, que sejamos nós mesmos, inteiros e sem máscaras, sem medo de sermos julgados e consequentemente abandonados, rejeitados, humilhados ou prejudicados de qualquer forma.

8 a 14 de Junho (Parte 2)

Este segundo período do mês é regido pelo Número 26, cuja redução é 8 e que vem aliviar um pouco as tensões sentidas anteriormente.

O Elemento Terra que não estava presente no período anterior e que nos devolvia uma sensação de falta de apoio, falta de chão, faz-se agora sentir para nos deixar assentar a energia e nos permitir voltar a sentir as âncoras debaixo dos nossos pés. Na verdade, nunca estivemos sem chão, mas a sensação que se experimenta é muito aproximada a esta imagem.

As águas (o Elemento Água) estavam praticamente invisíveis, como se estivessem ocultas para nós e por isso todo o nosso campo emocional sofreu com uma certa incapacidade em se exprimir. Houve muita contenção, muita água turva, muita dificuldade em sentir e fazer passar para o exterior aquilo que de facto estava a acontecer dentro de nós.

Agora e sob a regência do Número 26, as águas tornam-se mais visíveis e as emoções já podem aflorar e expressar-se de forma mais fluída. Contudo, é necessário que saibamos agora fazer a transição suave de um estado vibracional para outro.
Todo este movimento é acompanhado de perto por uma Lua Cheia fortíssima a pedir que ganhemos consciência das resistências que fazemos ao nosso próprio crescimento.

Este Número regente 26:8 vai espremer-nos para que ganhemos verdadeira consciência da nossa força interior, da nossa convicção e fé inabalável, da nossa estrutura que já está preparada para lidar com tanta dificuldade mas que ainda não encontrou um meio de se assumir detentora do seu próprio poder interior.

É isto que precisamos resolver: a tensão gerada pelos polos que aparentemente nos parecem querer desunir, mas que na verdade se encontra a aguardar pelo momento em que nos levantemos dos nossos lugares, ditos de conforto, e caminhemos em direcção à nossa própria consciência Crística, ao Deus em nós.
Como alguém me disse um dia, não basta ter coragem, é preciso ter confiança em si mesmo e no processo da Vida, é preciso dedicarmo-nos em total entrega a nós mesmos, se queremos de facto transmutar o medo.

15 a 21 de Junho (Parte 3)

O regente desta semana numerológica é 42:6. Trata-se de um número bastante estruturado que de alguma forma nos proporciona uma visão mais alargada da vida enquadrando os diversos aspectos de cada experiência, mesmo aqueles que aparentemente causam maior desarmonia, num cenário onde as possibilidades são infinitas ainda que nos sintamos envoltos pelo caos e pela escuridão.

Há um apelo à transformação profunda (mais uma) que exige uma purificação emocional através do contacto com a terra (contacto directo) e com a Terra, com a Mãe Natureza, com os milhares de seres que formam este conjunto imenso de consciências que se movem ao seu ritmo caminhando em direcção ao nosso próprio despertamento interior.

Mas não basta imaginar seres de luz, cheios de cores e luzes, ou eventualmente imaginar que se é um deles para atingir estádios cada vez mais complexos e puros de consciência cristalina.

É preciso descristalizar as emoções que estão a impedir-nos de sentir com mais intensidade e profundidade o Amor, o Amor real, o verdadeiro Amor Incondicional. Sempre que se fala em amor as mentes dos velhos egos ganham vida e logo tratam de imaginar belos príncipes e princesas que os irão tirar da solidão, do sofrimento e do desamor em que vivem. Não há maior ilusão do que essa.

É preciso sentir o que estamos a fazer, ou melhor, o que não estamos a fazer na nossa vida, por nós mesmos e que nos atira para um canto e nos restringe, nos constrange, nos atordoa e nos anestesia, tornando-nos incapazes de tocar as nossas próprias vestes reais, incapazes de sentir o amor que pulsa dentro de nós, esse amor que tudo perdoa, tudo cura, tudo harmoniza, tudo abraça.

22 a 30 de Junho (Parte 4)

O regente deste período é o Número 22. Trata-se de um número dobrado, também conhecido por número mestre, precisamente pela repetição dos dígitos, o que o torna um número dotado de certa especificidade.

Neste caso o 22 não se reduz, embora eu leve em consideração o 4 que lhe está irremediavelmente associado.

É uma semana numerológica que afina por uma certa tensão, dado que o "peso" do 22 pode gerar uma certa carga de ansiedade nos indivíduos que tenham dificuldade em elevar as suas vibrações, em ligar-se à divindade interna, em assumirem a responsabilidade sobre os seus próprios processos individuais de forma a tomarem novas posições e decisões de se transformarem a si mesmos e pararem de querer controlar a vida com todas as experiências e consequências que lhe são inerentes.

O mês é regido por 16:7 e durante este período concreto surge o 22:4 a pedir para se mudarem hábitos destrutivos, observando sem nenhum juízo de valor o que nos leva a repetir padrões automáticos (a inconsciência em que nos encontramos mergulhados, o véu da ignorância que teimamos em manter, com muito medo de vermos o que precisamos de ver, porque é muito difícil aceitar a besta que dorme dentro de cada um de nós; é muito difícil e desencorajador aceitar que somos sombra, pois é mais fácil e mais simpático imaginar que somos só luz).

É preciso cuidar e cuidar bem da nossa energia e se queremos despertar para a verdade da nossa própria condição, vamos aprender a fazer isso bem e não nos deixarmos mais contaminar pelas massas e a deixarmos de contaminar os outros com as nossas negações, comparações, complexos de inferioridade disfarçados de superioridade e vice-versa.

Vamos crescer e ser crianças maduras e pararmos com birras e teimosias que prejudicam tudo e todos, incluindo nós mesmos.
É tempo de crescer e aceitar que somos capazes de fazer melhor, muito melhor do que temos feito até aqui.

Se te sentes exausto, se sentes que já ultrapassaste todos os limites dou-te os meus parabéns! Estás no momento adequado para iniciares a tua mudança de paradigma.

Eva Veigas
Numeróloga Transpessoal
evaveigas@sapo.pt
http://evaeleven.blogs.sapo.pt