Sabemos qual é o impacto de um tsunami, correto? Talvez. O que temos em nossa posse é a ligeira noção, a não ser que tenhamos experienciado este fenómeno 'na pele'.

Pois bem, um tsunami não olha a meios, não poupa nada. Simplesmente acontece. O volume de água é imenso, ganha uma dimensão desproporcional. E se as nossas águas internas não andam mexidas, as nossas emoções estão com o holofote apontado.

E assim vivemos nós, 2020. A correr para nos salvarmos e protegermos do fenómeno. Só que uma vez que o fenómeno acontece, não há retorno, não será possível regressar ao que era antes. E ainda bem.

A mudança era urgente. A mudança continua a ser urgente e extremamente necessária.

E a mudança, para se sentir ao nível colectivo, precisa de ser operada ao nível individual...e  convenhamos, somos 7.2 bilhões de pessoas no mundo. Somos muitos a precisar de reaprender a viver de acordo com o que é imperativamente essencial.

O mundo está carente de compaixão, de alegria, de generosidade.

Como dizia José Saramago: “O egoísmo pessoal, o comodismo, a falta de generosidade, as pequenas cobardias do quotidiano, tudo isto contribui para essa perniciosa forma de cegueira mental que consiste em estar no mundo e não ver o mundo, ou só ver dele o que, em cada momento, for susceptível de servir os nossos interesses.”

Astrologicamente este ano marca uma transição e a pandemia serve muito bem o propósito de um wake up call.

Será já no dia 21 de dezembro, aquando do solístico de inverno, que o planeta Saturno e o planeta Júpiter se vão encontrar no grau zero de aquário. Muito se escreve acerca deste momento que todos nós vamos ter o privilágio de viver. E não é para menos: a energia vai mesmo mudar.

Mas é um milagre? Não, o milagre só opera dentro de nós se assim o desejarmos. Tudo o que projetamos fora é um reflexo do nosso sentir. Ainda que a energia mude, podemos não estar dotados do essencial para viver de forma mais serena: um coração generoso e uma mente livre de julgamentos.

Continua a ser tempo de refletir sobre as nossas escolhas, sobre as nossas decisões, sobre as nossas accções e o impacto das mesmas no outro. Estamos conectados por laços invisiveís e, muito embora seja fácil de operar ao nível da satisfação do próprio ego, quando atuo a pensar no bem maior devo estar consciente que eu me incluo nesse bem maior.

Não hesite em escrever-me para soraiasequeira.heartcoach@gmail.com, e em acompanhar-me através do Instagram.