O mundo está de pernas para o ar. As guerras, a miséria moral e material minam a Sociedade, devorada pela ganância, pelo deus-dinheiro, pela falta de escrúpulos, corrupção, mentira, desonestidade, fanatismo, ausência de valores ético-morais, numa libertinagem confundida com liberdade.
O ambiente social é explosivo, as pessoas estão inquietas e impacientes, com pavio curto e mal-educadas. Perdeu-se o condão da amabilidade, da simpatia, do carinho, da amizade e ternura nas relações interpessoais.
Os materialistas dizem que não há volta a dar: a Humanidade caminha a passos largos para a autodestruição.
Ledo negando o dos materialistas, pois desconhecem a espiritualidade, a reencarnação, entre outras descobertas nos idos do século XIX.
Os espiritualistas, na maioria provenientes de igrejas que vitalizam a fé cega, acenam com uma espiritualidade que nada explica, deixando o Homem tal e qual o materialista: quase sem caminho e esperança numa melhoria social.
O Espiritismo (doutrina espírita ou doutrina dos Espíritos), não sendo uma seita ou religião, mas sim uma doutrina científica e uma filosofia de consequências morais, apresenta-nos a imortalidade do Espírito, a comunicabilidade dos Espíritos, a reencarnação, a pluralidade dos mundos habitados e Deus, como os princípios básicos desta ideia espiritualista, que assenta nas leis da Natureza e, que vem apaziguar a Humanidade, fomentar a paz social, a fraternidade, a bondade, humildade e o bem-fazer sem olhar a quem.
Como ciência filosófica de consequências morais, o Espiritismo assenta a sua parte moral em Jesus de Nazaré que, deixou na Terra, há 2022 anos, ensinamentos que se resumem, em essência, em “Fazer ao próximo o que desejamos para nós”.
Chega a ser aterrador saber que o Homem, 2022 anos depois do grande psicoterapeuta da Humanidade nos ter deixado um roteiro ético-moral, para vencermos pessoal e coletivamente as nossas quezílias, esse mesmo Homem ainda se encontrar quase como outrora, apenas com mais evolução tecnológica, não
acompanhada pelo avanço espiritual e moral, desejável e possível.
Nestes momentos do “fim dos tempos” preconizados no Evangelho de Jesus (fim dos tempos de misérias morais e materiais, já que não será o fim do planeta Terra), vemos a corda esticar e a partir, com o lixo moral a ser adorado pelos adoradores dos bezerros de ouro e, as aquisições sociais ao longo dos séculos, serem relegadas para o baú do esquecimento.
O Homem perdeu o Norte de Deus. Precisamos reencontrar
o condão da amabilidade, da simpatia, do carinho,
da amizade e ternura, nas relações interpessoais.
No entanto, dizem os bons Espíritos, que neste preciso momento, de mudança na Terra, aqueles de nós que somos prisioneiros da nossa maldade, seremos transferidos para outros planetas mais afins com a nossa índole moral pouco evoluída, reencarnando na Terra, apenas Espíritos que anseiem o Bem, que tenham projetos pacificadores, fraternos e universais, em prol do Bem comum, sem ganância, orgulho, maldade, ódio, guerras, misérias.
Este momento que se vai operando desde 1857, chama-se período de transição do planeta Terra para uma nova situação social – planeta de regeneração – onde o Bem superará o Mal, o inverso de como ele é atualmente.
Tal processo, dar-se-á pela reencarnação progressiva de Espíritos comprometidos com o Bem comum e, a pacificação virá, ficando o dia e a hora para a vivência desses momentos ao sabor do livre-arbítrio de todos nós, humanos reencarnados temporariamente na Terra.
A solução para a Humanidade está pois em Jesus de Nazaré, apontado pelos Espíritos superiores a Allan Kardec, como o modelo e guia para a Humanidade e, como o Espírito mais evoluído que já esteve no nosso planeta.
Jesus de Nazaré ensinou a fraternidade, solidariedade, caridade positiva, universalidade da nossa filiação divina, deixando-nos precioso roteiro para a nossa evolução espiritual, exarado no Evangelho (Boa Nova). Jesus não só ensinou como executou, agiu em conformidade com os seus ensinamentos, deixando sempre o exemplo do Amor, da tolerância, do entendimento, da compreensão.
Aqueles de nós que se revêm no programa de organização social preconizado por Jesus, temos o dever de divulgar esta solução para os males da Sociedade, mas também o dever de agirmos em conformidade, sem falsos moralismos, sem ânsia de perfeição, mas tentando ser coerentes com o projeto por nós defendido.
“Os meus discípulos serão conhecidos por muito se amarem” preconizava Jesus.
Compete-nos ver até que ponto nos conseguimos inserir dentro desse padrão existencial que Jesus trouxe à Terra.
A solução para a Humanidade é seguirmos Jesus de Nazaré, não na perspetiva das religiões com cheiro a bafio, mas sim dentro de uma espiritualidade sadia, que depende única e simplesmente de cada um de nós.
“A cada um de acordo com as suas obras” ensinou Jesus.
Vamos a isso?...
José Lucas
jcmlucas@gmail.com
Óbidos - Portugal
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