Quanto à linguagem muitos têm a sua preferência, alguns acham o latim a linguagem mais avançada, outros gostam especificamente do som do italiano, do francês ou mesmo a nossa língua portuguesa com certeza. Hoje o planeta possui uma centena de línguas e dialectos em pleno funcionamento e alguns outros milhares de línguas mortas.

Os cientistas falam muito da matemática como linguagem universal, temos a exploração disto no filme Contacto, "Contact", Ficção, EUA, 1997 de Robert Zemeckis, actores principais: Jodie Foster, Matthew McConaughey, James Woods, John Hurt, Tom Skerritt, Angela Bassett, Rob Lowe. Se dedica ao pesquisador Carl Sagan, cuja vida foi abnegada à astronomia. A ideia do filme é o primeiro contacto da humanidade com seres extraterrestres, por um sinal vindo próximo à estrela Vega. Na história a linguagem base de comunicação que viajou pelo espaço, foi traduzida em um conjunto de informações para confecção de uma máquina, facilitadora do primeiro grande encontro. Esta linguagem seria uma sequência baseada em números primos, uma linguagem matemática.

Mas será a comunicação avançada uma simples codificação e decodificação matemática? Não é o que muitas experiências parapsíquicas dizem. Desde o início da humanidade temos a demonstração seja por desenhos nas cavernas, os escritos em argila, os hieróglifos, há a necessidade de interacção humana via comunicação em si. Vejamos três princípios básicos desta comunicação.

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A primeira o pensamento, a ideia em si, o conteúdo principal muitas vezes em destaque na comunicação, mas nem sempre. Segundo o sentimento, é também relevante em especial nas discussões calorosas, nas opiniões a luz da emoção mais se destaca nestes casos perante o pensamento. Quando damos um texto a alguém e cada um interpreta ao modo peculiar dos artistas, nos faz rir ou chorar, da mesma leitura, informação.

A terceira a energia, intensidade desta informação, sendo também um elemento de transporte e registro. Esta energia é elemento a potencializar os outros dois parâmetros, associando-se sinergicamente. Isto produz um bloco de informações chamado de PENSENE = Pensamento + Sentimento + Energia.

Esta estrutura está em todas as comunicações, na conversa com amigos, ao assistir um telejornal, ler um e-mail, livro, etc.

Mas algo chama a atenção, as conversas não verbais, a transferência do pensamento, muito mais abrangente da linguagem corporal. O corpo fala mas ainda é pouco. O facto relevante é a telepatia, termo surgido em 1886, sugerido pela Society for Psychical Research (Sociedade para Pesquisa Psíquica). A telepatia é um exemplo de comunicação muito citada nas literaturas e presente em diversas culturas.

“Telepatia (do grego τηλε, tele, "distância"; e πÜθεια, patheia, "sentir ou sentimento") é definida na parapsicologia a habilidade de adquirir informação acerca dos pensamentos, sentimentos ou atividades de outra pessoa, sem o uso de ferramentas tais como a linguagem corporal ou sinais.” Wikipédia – A enciclopédia livre.

Bem todos já ouviram sobre este tipo de percepção é muito comum entre pais e filhos, parentes próximos, namorados. Um nível simples de telepatia, percepção de ideias sem que se abra a boca é comum. A extrapolação seria uma conversa a bocas fechadas e sem nenhum movimento corporal.

Muito já foi explorado quanto à capacidade de nos telepatizarmos, mas o esperado é a telepatia com palavras, exemplo penso em maçã, outro colega falante do português, capta a ideia e entende, é feita a comunicação; outro caso um inglês não sabedor do significado de maçã e não percebe nada, recita a palavra sem entendê-la. Uma nova condição é vir à mente do inglês a ideia da maçã, a visualização e ele diz apple. Nos dois casos houvera a telepatia, uma, sem dúvida mais avançada em relação à outra.

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Percebemos ser possível um tipo de comunicação, sem base idiomática a funcionar entre duas pessoas com clareza e eficiência. Estaríamos a extrapolar um processo de transmissão de um código matemático e sim um eficiente intercâmbio de bloco de informações, formado por pensamento, sentimento energia - PENSENEs.

Assim podemos imaginar uma comunicação entre pessoas transcendendo as formas convencionais, ou seja mais telepática, menos idiomáticas e quem sabe menos imprecisas daquelas do nosso dia-a-dia. Podemos ao exemplo da maçã explorar a nossa evolução e conversar telepaticamente com estrangeiros nativos de linguagem diferentes, transcendendo idiomas e sim ocorrendo a compreensão de ideias em blocos, com mais exactidão e perfeita comunicação, uma linguagem não estereotipada, não influenciada pelas formas e conteúdos triviais, mas uma comunicação plena de consciência para consciência, o conscienciês.

Sabemos do limite intangível do conscienciês hoje, pois estamos apegados aos nossos símbolos, a linguagem diária. Um exemplo desta dificuldade é uma língua nova, uma dificuldade comunicativa, muitas vezes influenciada pelo comodismo, a aversão ao diferente, ao novo. Logo percebemos barreiras muito mais emocionais, mais sólidas do que a lógica matemática.

Na IAC – International Academy of Consciousness, procuramos entender melhor o PENSENE, ao estudar na prática suas derivações a exemplo, qual é o nosso Materpensene – o pensamento, sentimento e energia mãe criado e mantido por cada um de nós. Como os outros já identificam este padrão? Os animais teriam também algo neste sentido? Um objecto muito estimado ou utilizado, um telemóvel, um relógio, seria capaz de armazenar estes padrões dos seus usuários? Na arqueologia, qual seria o potencial das descobertas ao podermos ler as informações ali armazenadas por estes objectos?

Logo temos muito a estudar sobre o comportamento pessoal, o eu relacionado à comunicação e à interacção. Existem técnicas favoráveis ao aumento das percepções, alguns canais de comunicação ainda não foram simplesmente descobertos.

Por André Shataloff

IAC – Contactos e informações: www.iacworld.org

 

André Shataloff, graduado em Engª Mecânica e Formação Pedagogia, pós graduado em Engª de Segurança do Trabalho, mestrando em Gestão Integrada da Qualidade, Ambiente e Segurança, possui curso de Bioenergia na Prevenção de Acidentes. Professor e pesquisador de Projeciologia e Conscienciologia, desde 1992 e voluntário da IAC Lisboa.

Coordenação de Conteúdos:

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